sexta-feira, junho 20, 2008

Adeus Matilde

Algures entre a noite Quinta-feira e a madrugada de sexta assaltaram-me o carro e quando digo assaltaram, quero dizer, partiram-me o vidro e roubaram a GPS.

Foi o que aconteceu, fica aqui uma pequena ilustração mas, ainda assim, penso que assaltar talvez seja uma palavra muito forte para empregar contra a malta que me furtou (supondo que foi mais que um).

Passo a explicar:
Eu tinha no carro, e isto, vai ser um apanhado geral, mas tinha 4 pares de ténis, dois pares de chuteiras, 2 casacos, 2 pares de óculos, Pro Evolution 6 e 5, chaves de casa, um número de moedas razoável, uma pen de 2GB, caixa de cd's, uma calculadora gráfica e outra normal e claro, os documentos do carro.

E não tocaram em nada, aliás, eles nem desarrumaram nada, nem andaram para ali a vasculhar a procurar coisas para açambarcar.
Tirando o vidro partido, obviamente.
Apenas foram ao portas luvas, tiraram a GPS, note-se, fecharam o porta-luvas e foram embora.
Tendo isto em conta até foram uns porreiros.

Meus amigos, isto é classe.
Vê-se que é malta que tem o trabalho de casa feito porque sabe o que quer e o que anda a fazer, não é como o comum badameco que rouba o que lhe aparece e ainda desarruma tudo.
Quando há profissionalismo é logo outra coisa.

Obviamente, não lhes vou agradecer por me terem roubado mas não posso deixar de pensar nos pontos positivos desta situação:

- Acerca do vidro o seguro paga, portanto, não me afecta muito o bolso.
- O carro estava quase nos 60000Km, por isso tinha de ir à revisão e como o vidro tem de vir não se de onde e só chega lá para segunda ou terça aproveita-se e faz-se já durante o fim-de-semana.
- Andavam-me a pressionar porque já não lavava o carro desde a última revisão, à seis meses atrás, portanto até isso ficou tratado.
- Quanto à GPS, bem, digamos que não era propriamente nova, nem era muito boa, nem tinha os últimos upgrades, nem os penúltimos, nem antepenúltimos, vá, na verdade, nunca fiz actualizações nela.

Ainda assim passámos bons momentos os dois perdidos.
Uma delas, lembro-me que ficamos em contramão a meio da noite, se não estou em erro, na Avenida do Brasil. Bons tempos.
Ela dizia "saída à direita a 500 metros" mas não existia curva nenhuma, só um sinal proibido numa rua que um dia, provavelmente já teria sido estrada.
Ou da vez que queria ir de Lisboa para a Nazaré mas ela fazia questão que eu desse a volta pelo Porto.

Fica o carinho que tinha por ela.
Sim, era uma ela. Chamava-se Matilde.

Adeus, G.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um adeus à Matilde..a fiel Matilde que podia nao ter os upgrades mas era boa companhia com aquela voz sedutora e ainda nos guiou por Aveiro e pelo Porto.
Que esteja em boas mãos de manfios profissionais ao menos..