quinta-feira, dezembro 21, 2006

Frio no Inverno

Nem sei bem por onde pegar nesta notícia da TVI.
Acordo completamente ensonado e ainda em estado zombífico sento-me para almoçar e a frase que ouço como notícia de abertura do Jornal da Uma é a seguinte:

“Chuva e temperaturas baixas vão acompanhar esta quadra Natalícia”

O meu pensamento foi imediato, ou ouvi mal ou estamos no Verão.
Olho para a televisão e vejo em rodapé “ Já foi lançado o alerta amarelo” seguido de “registada a temperatura mais baixa do ano”
Exclui, logo, a possibilidade de ter ouvido mal.
Estaria no Verão?
Ora, tendo eu feito anos recentemente e sabendo de antemão que nasci em Dezembro, facilmente, eliminei, também, a ideia de ser Verão.

Portanto, estávamos, efectivamente, no Inverno e a notícia de abertura deles era acerca do frio que se faz sentir no Inverno, sublinho, frio no Inverno. Faz frio no Inverno.

O que me estava a fazer mais confusão além do que os senhores das notícias diziam, eram as expressões de preocupação e semi-pânico durante o discurso da notícia, como se aquilo fosse algo de extraordinário e nunca visto.
Então reflecti, mas será que só este ano é que faz frio no Inverno?
E era mentira. No Inverno faz sempre frio.
O que me fez duvidar da inteligência desses senhores porque se estávamos os três no mesmo país, eu sabia que era Inverno e que no Inverno faz sempre frio eles também sabiam.

“Vamos agora para um ponto de reportagem” - disseram eles e eu ali a ver para onde iriam eles.
E foram…para Bragança.

E eu não consegui almoçar mais…

Eles foram para Bragança ver se estava muito frio e depois mais tarde, no Jornal Nacional, foi o rasgo de loucura final que faltava.
Foram à Guarda ver se fazia frio também…
Já que estavam na Guarda davam um pulinho à Serra da Estrela a ver se tinha neve.

Mas estes gajos não têm nada que fazer. Não há ninguém a morrer? Não há uma guerra num sítio qualquer?
Têm que criar notícias de merda como estas?

Não há um gajo dos recados ou um gajo das câmaras que sinta um pingo de revolta e parta aquela merda do tele ponto e corte as cordas vocais aos pivots?


Moniz vai tomar no cu, G.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Será Natal?

Como pode alguém, sem o auxílio de calendários ou qualquer outro indicador cronológico, saber que a época natalícia se aproxima?
Muito simples. Pela programação televisiva.
Sei que o Natal se aproxima pela quantidade de filmes biográficos acerca de Jesus ou pelas aventuras do virtuoso cão desportista Bud e como carimbo de confirmação as sequelas do Sozinho em Casa(SEC), isto para não mencionar a Barbie e o Quebra-Nozes.
Afinal mencionei.
São anos e anos da mesma receita e o corpo vai cedendo.
Já senti os primeiros sinais, o primeiro SEC já passou a semana passada e para os noctívagos, certamente, já viram as primeiras biografias com actores com a mesma idade do próprio Senhor.
Penso que o esquema será estilo degradé desde os primórdios de realização, e a minha previsão será que saberemos também que o Natal acabou assim que chegarem os créditos da Paixão de Cristo.
Têm tentado enganar o público em geral e a mim em particular com uma panóplia de filmes, alguns, inéditos na televisão como o Senhor dos Anéis, Um Pai à Maneira, entre outros que, supostamente irão passar.
Mas eu sei que é apenas uma cortina de fumo e que no fim vamos ver os supracitados.
Talvez isto não vos incomode mas a mim sim.
Talvez isto tivesse um sentido, talvez não.
Na verdade, quando começei a escrever tinha o texto orientado para uma ideia final bastante boa, juro, mas entretanto esta dissipou-se, quando me bateram à porta para pedir um mp3, que deram ao meu irmão para guardar mas que afinal era roubado e os senhores da porta eram os donos (verídico).
O Pai Natal existe (já não tão verídico).

Sem mais demoras, G.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Parabéns "Vida Vai Torta"!!!

Fizemos anos um dia destes (mas juro que não foi há muito tempo). Estamos radiantes!!! Porque conseguimos passar este primeiro ano que, dizem os que já estabeleceram laços próximos com o nosso sistema prisional, é o mais difícil de todos. E conseguimo-lo, umas vezes melhor outras pior, graças a vocês. Souberam escrever aquela palavra de apoio mesmo quando era preciso...e souberam cuspir-nos em cima quando merecemos.
Tínhamos planeado passar este dia de Inverno todos juntos, cada um na sua poltrona a afagar um gato persa que, supostamente, se teria anichado no nosso colo, a fumar cachimbo, todos virados para a lareira enquanto partilhávamos histórias antigas. Nisto surgiriam quatro belas jovens e um quarto de outra (porque o Norberto ainda não cresceu o suficiente) com as quais nos deleitaríamos até nos cansarmos.
O destino assim não quis. Quiseram as vicissitudes das nossas vidas académicas (e não só) que muitos kilómetros de alcatrão nos separassem, de forma que teremos de escrever tudo isto aos bocadinhos. Um ano depois muita coisa mudou mas muitas mais ficaram na mesma. Estou a tentar dizer que a parvoíce que muitas vezes nos assola o espírito e que vocês testemunham, essa sim, continua a mesma. E, esperamos, há-de permanecer assim até ao fim dos tempos...ou até vocês decidirem acabar connosco.
Até lá, e com esperança de fazermos um belo "copy+paste" para o ano que vem, os nossos sinceros agradecimentos a todos vós. Bem hajam!!!

Os 4 e 1 quarto...

sábado, dezembro 09, 2006

Acidentes

O facto de existir uma correlação entre o elevado número de acidentes e as alturas de maior tráfego tem muito mais que se lhe diga do que apenas estatística, é estatística, sim, porém, uma estatística falaciosa.
Não é por haver mais carros que a probabilidade de choque e acidente é maior.
Nunca ninguém viu filas de carros em alturas de tráfego moderado ou fraco e não é por existirem menos veículos em circulação que deixa de ser possível, é apenas porque não teria metade da piada.
A verdadeira razão, é, simplesmente, porque é mais divertido criar filas de dez quilómetros do que criar uma fila de dez carros.
Mas isto seria assumir que os acidentados em questão, seriam inteligentes o que não é verdade..eles são só condutores estúpidos.
Isto porque cada vez mais me apercebo que estes montes de esterco não têm noção de cultura acidental.
Escolhem as alturas mais inoportunas para o desastre e normalmente nunca se ficam pela obstrução duma única via e entopem tudo para a via que sobra.
Resultado: Filas enormes

- Ah mas não estarás a ser um nadinha injusto para com essas pessoas que, quiçá, terão visto a sua vida em perigo em tais acidentes? – perguntam os três leitores que nunca ficaram presos no tráfego.

Se acham necessário ligar os quatro piscas, chamar as autoridades, um reboque e o INEM ao menos que tenham acidentes a sério, espetem-se contra o carro da frente, desmanchem um rail, expludam o carro, capotem a viatura, qualquer coisa, façam algo mágico, algo grandioso, no mínimo que se aleijem, mas agora só porque o pópó fez um risco no rail têm necessidade de sair do carro e ficar a ver o risco e a olhar para trás a contemplar a fila que se vai formando e eu a ver-vos a rir, como quem diz – “bem, que grandes malucos que somos a fazermos uma fila destas, isto amanhã contado no escritório é que vai ser uma risota”.

Como alguém disse uma vez - “I have a dream..”-, e o meu é o seguinte:

- Que todos os que já se viram lesados com este tipo de situações, passassem a ser portadores de um tubinho de cola super 3 que guardariam, religiosamente, no bolso e, aquando destas eventualidades sairiam do carro e bem alto bradariam:
“PELO VIDA VAI TORTA”, e tiravam as criaturas do carro e colavam todas as extremidades do corpo de cada indivíduo à estrada de modo a que a disposição do corpo de cada um se assemelhasse a uma lomba.
Penso que a partir daqui começam a ter uma ideia do que pretendo...


Farto de esperar em filas desnecessárias, G.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

A dita cuja...ou a dona da dita cuja?

Um dia destes, quando procurava desesperadamente leitura de casa-de-banho de última hora, os meus braços não conseguiram alcançar nada mais distante que a prateleira de higiene da minha mãe. Uma caixa de sabonete e um gel antiséptico. Sabonete pareceu-me bem...começo a ler...
"Dystron Sabonete foi especialmente concebido para a higiene íntima diária. Os seus princípios activos actuam como antiséptico e desodorizante, pelo que Dystron elimina eficazmente os odores desagradáveis, (e aqui vem a pitada de ousadia com que os fabricantes tentaram recorrer ao tom coloquial...) mantendo-a (e cito...mantendo-"A") fresca e segura todo o dia."
E qual foi a pergunta que instantaneamente me ocorreu? Exacto...mantendo-a a quem?? A "ela" ou à dona???

"O" F.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Sporting 0:2 Benfica...

Não costumo comentar estas merdas mas...com a memória do jogo ainda fresca tenho que escrever qualquer coisa. Apesar de que me parece que durante 80 minutos o jogo foi do Sporting e as oportunidades do Benfica ainda houve coisas para rir. Tello, chileno doido do SCP, não conseguiu esconder as quantidades astronómicas de cocaína que ingeriu antes do jogo; Paulo Bento voltou a brindar-nos, orgulhoso, com o corte de cabelo semi-rebelde/semi-padre que ostenta (mais orgulhoso ainda terá ficado ao constatar que um dos seus pupilos - Tonel - começa a querer imitá-lo cada vez mais na perfeição); Nuno Gomes, que nada tinha feito durante todo o jogo, lembrou-se de brilhar "esfaqueando" Moutinho com uma tesourada à moda antiga (gostei especialmente do ar pasmado com que recebeu o vermelho...tipo: "shôr árbitro..tropecei pá!"); Quim simulou uma lesão duas vezes só para gozar com o colega Moretto (tipo: "Quim lesionou-se!"...e o gigantesco brasileiro começava a despir o casaco com um ar imponente para ouvir "era a brincar..."); pobre Moretto passou o jogo em lágrimas.
Quanto ao local onde assisti ao jogo, muito pouco a dizer...um pequeno gnomo, mistura de Aldo Lima mitra e careca com Manuel Marques adepto do tunning, entra no estabelecimento uma primeira vez orgulhoso, ostentando uma farda militar que fez lembrar o Carnaval. Sai e volta uma segunda vez, mas desta vez vestindo uma camisola de malha com um casaco desportivo da Adidas por cima e um boné mitra dos maus. Cereja no topo do bolo: o casaco dizia "Exército" nas costas..queria mesmo enxuvalhar a malta.
Para terminar a noite de rastos, como se não bastasse o SLB ganhar o jogo, Fernando Santos, num gesto de provocação para com o seu homólogo, resolve fazer entrar Beto "O Grande" só para humilhar os milhões de adversários que assitiram ao jogo...

Humilhado, enxuvalhado e ainda não recuparado do susto que o pequeno anão me provocou, "O" F.