sábado, abril 29, 2006

Invicta by night...

Ainda o blog não existia. Ainda nem pensávamos que fosse existir. E já tínhamos um segredo que era difícil não partilhar com o Mundo. Começou numa daquelas noites que prometiam acabar em ritmo morno ainda antes de terem começado. E nós, que somos uns valentes, pensámos: "naaaaaaaaa! isto não fica assim..".
Lembrámo-nos de termos ouvido dizer que a noite no Porto começava tarde..e aí fomos nós. Meus caros. A noite do Porto, que para alguns ainda hoje é um mito urbano, para nós "Os 4" passou a ser uma realidade. E que realidade.. o Porto deve ter outro fuso horário. Porque se em Lisboa os "duros da noite" chegam a casa nos mesmos comboios que a malta apanha para ir trabalhar para as obras, já no Porto essa é a hora em que a malta está a tomar banho pra se preparar pra sair prá noite.
10:30 da manhã em Lisboa. Grupo de pseudo-intelectuais toma um café e lê o Público na pastelaria Suiça. Trabalhadores liberais trabalham em frente a computadores há uma hora.Os mais resistentes tomam o pequeno-almoço vindos da discoteca para irem recarregar baterias na cama.
10:30 da manhã no Porto. Grupo de pseudo-intelectuais toma um café e lê o Público num sítio qualquer onde seja costume reunirem-se. Trabalhadores liberais trabalham em frente a computadores há uma hora. Jovem de 19 anos e outros 10 mil iguais a si acabam de jantar e arranjam-se em frente ao espelho para irem prá noite... a diferença é basicamente esta.
Eles são os gurus da noite tuga.
Eu estive lá e não me adaptei. Eu e mais o meu grupo de amigos vimos a tristeza que é a noite do Porto até às 9 da manhã. Se não tivéssemos sido fortes nunca teríamos sentido a essência.
Acabo assim..aconselhando-vos. Experimentem. Saiam à "noite" na invicta e tornem-se noctívagos a sério!

"O" F.

P.s. Ainda hoje, quando a noite promete não prometer nada..pegamos em nós e, a partir das 10 da manhã, o Porto está sempre pronto para nos dar abrigo.

quinta-feira, abril 27, 2006

Serviço Comunitário

Hoje vi uma pessoa feia.
Ontem acho que não, mas anteontem também vi uma. Lembro-me inclusive de em 98 ter visto três pessoas feias e a minha mãe ter dito “oh filho não olhes que é feio”. No mínimo, irónico.
Já me tinham dito que haviam muitas mas eu sou distraído e nunca liguei muito.
Ah mas se és tão distraído e não ligas porque é que estás a escrever sobre elas hoje, parece um nadinha contraditório não? – pensa o perspicaz leitor em milésimas de segundo.
Poderia parecer, mas não, hoje o cenário mudou porque hoje eu ia a conduzir e a meio da ultrapassagem quando olho para o lado, como quem diz, deixa cá ver a gostosa que segura o volante, quase que tenho um sinistro.
A senhora era, realmente, muito feia e eu fui apanhado de surpresa, todavia, fui bastante célere a retomar ao controlo do veículo, caso contrário, poderia não estar aqui agora a escrever.
Sendo assim, e, de maneira a evitar mais sustos destes venho fazer uma pequenita sugestão.
É o seguinte, penso que seria do agrado de todos, se toda a pessoa feia fosse portadora dum objecto de advertência, tal como os carros têm triângulos de sinalização a indicar o acidente mais adiante, também estas pessoas teriam um objecto, quiçá, reflector para avisar o mais imprudente peão ou condutor.
O Estado enviaria uma carta registada à D.Felismina Wilson Rosete onde constaria – Você foi considerada extremamente feia pelo Estado Português, em anexo enviamos um identificador de fealdade que deverá ostentar toda a vez que sair do perímetro da sua residência.
Passariam a existir zonas reservadas a estes utentes, por exemplo, nos restaurantes seriam criadas zonas de fumadores, não-fumadores e gente feia.
Mas não são só obrigações, também, teriam as suas regalias.
Grandes descontos em determinados estabelecimentos, por exemplo, em lojas de roupa teriam descontos em grandes sobretudos ou chapéus.
Teriam também motivantes descontos para a aquisição de óculos, obviamente, não uns óculos quaisquer, mas sim aqueles enormes que encobrem 74% da cara. Obrigado Versace, Dior e quem mais faça dessas pequenas grandes (trocadilhozito barato) maravilhas.

És muito convencido meu badameco, deves-te julgar muito apetecível e superior para escreveres algo assim - pensam já algumas pessoas feias, mais susceptíveis, enquanto tentam descobrir a password do blog para o destruir.

Não julgo não, pelo contrário, eu tiro macacos do nariz com alguma frequência, diria mesmo regularmente, e acreditem ou não, dou puns, mas não se deixem enganar pela fonética pequena e inofensiva da palavra “pum”, aliás eles são o perfeito oposto da descrição, mas tudo isto e mais, é realizado em casa, e friso casa, não ando aí a desfilar os meus puns, talvez às vezes, mas sempre sem querer.
Em casa e no carro, pronto.
Em casa, no carro e na arrecadação d'”O” L. .
Talvez, também, às vezes, na casa d'”O” F. mas ele faz o mesmo.
Vá eu confesso, às vezes, mas só às vezes, debaixo dos lençóis na brincadeira, mas é só para ver o que é que aguento.

À espera de mais sugestões, G.

P.S. uma vez perguntei ao d.C. "agarraste?" e ele disse "o quê?" e eu ri..


Nota: Devido a críticas impetuosas a roçar o violento que defendem que a associação dos vocábulos "gente feia" será muito geral, venho por este meio exercer o meu direito de resposta de maneira a ser o mais objectivo e concreto possível.
Desculpem-me as pessoas feias e as pessoas muito feias. Não foi com intenção.

Segue em baixo o respectivo ajustamento.

Hoje vi uma pessoa muito muito feia.
Ontem acho que não, mas anteontem também vi uma. Lembro-me inclusive de em 98 ter visto três pessoas muito muito feias e a minha mãe ter dito “oh filho não olhes que é muito muito feio”. No mínimo, irónico.
Já me tinham dito que haviam muitas mas eu sou distraído e nunca liguei muito.
Ah mas se és tão distraído e não ligas porque é que estás a escrever sobre elas hoje, parece um nadinha contraditório não? – pensa o perspicaz leitor em milésimas de segundo.
Poderia parecer, mas não, hoje o cenário mudou porque hoje eu ia a conduzir e a meio da ultrapassagem quando olho para o lado, como quem diz, deixa cá ver a gostosa que segura o volante, quase que tenho um sinistro.
A senhora era, realmente, muito muito muito feia e eu fui apanhado de surpresa, todavia, fui bastante célere a retomar ao controlo do veículo, caso contrário, poderia não estar aqui agora a escrever.
Sendo assim, e, de maneira a evitar mais sustos destes venho fazer uma pequenita sugestão. É o seguinte, penso que seria do agrado de todos, se toda a pessoa muito muito feia fosse portadora dum objecto de advertência, tal como os carros têm triângulos de sinalização a indicar o acidente mais adiante, também estas pessoas teriam um objecto, quiçá, reflector para avisar o mais imprudente peão ou condutor.
O Estado enviaria uma carta registada à D.Felismina Wilson Rosete onde constaria – Você foi considerada extremamente muito muito feia pelo Estado Português, em anexo enviamos um identificador de fealdade que deverá ostentar toda a vez que sair do perímetro da sua residência.
Passariam a existir zonas reservadas a estes utentes, por exemplo, nos restaurantes seriam criadas zonas de fumadores, não-fumadores e gente muito muito feia.
Mas não são só obrigações, também, teriam as suas regalias.
Grandes descontos em determinados estabelecimentos, por exemplo, em lojas de roupa teriam descontos em grandes sobretudos ou chapéus.
Teriam também motivantes descontos para a aquisição de óculos, obviamente, não uns óculos quaisquer, mas sim aqueles enormes que encobrem 74% da cara. Obrigado Versace, Dior e quem mais faça dessas pequenas grandes (trocadilhozito barato) maravilhas.

És muito convencido meu badameco, deves-te julgar muito apetecível e superior para escreveres algo assim - pensam já algumas pessoas muito muito feias, mais susceptíveis, enquanto tentam descobrir a password do blog para o destruir.

Não julgo não, pelo contrário, eu tiro macacos do nariz com alguma frequência, diria mesmo regularmente, e acreditem ou não, dou puns, mas não se deixem enganar pela fonética pequena e inofensiva da palavra “pum”, aliás eles são o perfeito oposto da descrição, mas tudo isto e mais, é realizado em casa, e friso casa, não ando aí a desfilar os meus puns, talvez às vezes, mas sempre sem querer.
Em casa e no carro, pronto.
Em casa, no carro e na arrecadação d'”O” L. . Talvez, também, às vezes, na casa d'”O” F. mas ele faz o mesmo.
Vá eu confesso, às vezes, mas só às vezes, debaixo dos lençóis na brincadeira, mas é só para ver o que é que aguento.

À espera de mais sugestões, G.

P.S. uma vez perguntei ao d.C. "agarraste?" e ele disse "o quê?" e eu ri..





(Des)Educação Infantil

Não sou do género de cair na crítica fácil, infundamentada e sem qualquer cariz científico, portanto, quando afirmo seja o que for, é com a mais sólida e sustentada certeza irrefutável.
Gepeto. Quem não se lembra de Gepeto, o pai de Pinóquio? Pois bem, Gepeto é um pedófilo.
Mas quem é que, sem um qualquer motivo mais depravado, quando pede um desejo do fundo do coração, lhe sai um boneco que quando mente lhe cresce o nariz.
Creio, no entanto, que a história conhecida não desvenda o que realmente sucedeu, seria mesmo o nariz que crescia…não me parece, porém, não sou de intrigas e não me vou alongar.
Contudo, sou um gajo preocupado com o tipo de publicidade que, por exemplo, o Disney Channel, insiste em propagandear às inocentes criancinhas.
Desculpo os pais por não atentarem nesta situação, apenas porque é um canal, francamente, infantil, e, por muita boa vontade que exista por parte dos progenitores em acompanharem a educação dos infantes, estar trinta e cinco minutos a ver um fulano a fazer desenhos de animais com milho ou ensinar a fazer feridas de brincadeira a partir de cola e papel higiénico molhado em cima dum penso, confesso que também não aguentava.
O meu apelo é, principalmente, dirigido aos intervalos, quando anunciam - “E hoje à noite não deixes de ver mais um dos grandes clássicos Disney, Pinóquio, o menino de verdade que quando mentia o nariz crescia e Gepeto gem…sorria” – ok, se calhar a última parte eles não dizem, mas está, claramente, subentendido, quer dizer, um menino que consegue fazer crescer o nariz e no fim até fica um méninu di verdádji..tretas.

Sempre atento, G.

quarta-feira, abril 19, 2006

Sexo oral ou traição?

Já começa a ser vício pedir-vos desculpas. Voltei a falhar, eu sei, flagelem-me... Voltei a deixar-vos por um período demasiado extenso. Desta vez andei armado em comissário das Nações Unidas numa assembleia geral. Deu para conhecer o Porto e para gozar uma semaninha de férias. Gozei um dia de praia e, alguns churrascos depois, cá estou eu de volta.
Desta vez para vos pedir que pensem comigo acerca de um tema que sei que é melindroso. Mais uma vez é infinitamente provável - quase a nível de certeza - que as senhoras me caiam em cima depois disto.
Infelizmente a situação preocupa-me e não posso deixar de sair em defesa dos meus homónimos genéticos que já se viram enrascados com a situação que a seguir descrevo..
Está um rapaz - que por acaso é comprometido - muito feliz numa noite com os amigos quando, de repente, se encontra sozinho, isolado intensionalmente por uma predadora faminta. Ora ele que tanto preza a sua mais-que-tudo é instantaneamente alvo de um felatio incrível. Queria que tivessem em consideração a posição de desvantagem em que o pobre se encontra.
Ele, que até está distraído com qualquer objecto que se encontra perto dele, nem se apercebe do que está a acontecer. E, mesmo que o fizesse, não teria como fugir dali. Não duvidem que ele está a pensar em vocês...porém, está encurralado!! Vocês sabem que quando querem muito uma coisa nada vos detém. Imaginem agora como será libertar-se de uma de vocês em estado faminto..
Não se zanguem com o pobre..ele certamente não gostou mais da situação do que vocês.

"O" F.

terça-feira, abril 11, 2006

Comércio de Ponta

Queria, antes de mais, agradecer a bravura do intrépido fotógrafo, eu próprio, uma vez que tirar uma foto com a qualidade da mesma, a 90 km/h na ponte, ligeiramente lotada, denota um certo dote para a coisa.

A fotografia foi tirada enquanto atravessava a Ponte 25 de Abril, não fosse aquela paradoxal frase e aquele camião tinha sido apenas mais um dos quais costumo passar..

..rezava o seguinte para os que não descortinaram as duas palavras que estão em falta: “A bebida de soja, que não sabe a soja”

Extraordinário.
Serei o único a achar ou a frase é mesmo portadora dum idiotismo notável?
Idiotismo, na medida, que houve pessoal especializado com cursos e licenciaturas que após dias, meses de trabalho, árduo, conceberam, finalmente, uma bebida de soja..que não sabe a soja. É, deveras, fantástico.
Para que quero eu uma bebida de soja se não vai saber a soja?
Seria, a meu ver, mais fácil, comprar um outro produto qualquer, sei lá, algo como, e agora atrevo-me a dizer uma patetice, mas, talvez, soja que saiba a soja?
Mas isto sou eu que sou um conservador. Parvoíces minhas.
Porém, esta, inovadora, apresentação de artigos adivinha uma futura complicação na aquisição de produtos, sendo, todavia, compensada nas horas de divertimento em família na procura do que se quer comprar.
Brevemente, teríamos as primeiras promoções em grandes cartazes, que despertariam a atenção da clientela, algo como:

- Cogumelos Laminados Ferbar, os cogumelos laminados que não sabem a cogumelo mas sim a milho, apenas por € 1,12

- Atum Bom Petisco, o atum que não sabe a atum mas sim a pickles, apenas por € 0,98

…e continuava.

Seriam horas e horas de grande pagode à descoberta do verdadeiro atum que, afinal, estava na zona das manteigas ou dos cogumelos a sério que até estavam no frigorífico dos iogurtes, obviamente.
Que piada teria comprar um sumo de pêssego e o mesmo saber a pêssego? Nenhuma.
E é a pensar nisto que os sábios de Marketing e Publicidade se lembram destas pequenas actividades recreativas que actuam como uma massagem mental para libertar o stress que muitos se queixam.

Há, realmente, gente que nasceu para isto.

Ainda atordoado com o novo conceito revolucionário, G.

quinta-feira, abril 06, 2006

Eco Ponto(s)

Tenho um eco ponto ao pé de casa, ou três não sei. Cada contentor é um eco ponto ou só quando os três receptáculos estão lado a lado é que lhes posso chamar isso? E se sim, supondo que só tenho dois, qual é o nome? Ou um?
Bem..vou-me deixar de merdas.
Como eu estava a dizer, tenho três contentores coloridos ao pé de casa, facto evidente, se tivermos em conta que colocando a cabeça de fora, de uma qualquer janela, de minha casa e olhando para a direita os vemos.
Duma perspectiva ecológica, sou um grande badalhoco assumido, aliás, por vezes vou na rua e sou apupado e até gritam olha lá vai o “grande badalhoco assumido”. Enternece-me ver que as pessoas sabem quem sou.
E tudo isto porquê? Porque não separo o lixo e não reciclo? Badalhocos são os senhores da recolha do lixo, mas atenção, não digo isto duma maneira preconceituosa a querer ofender ninguém, digo isto com conhecimento de causa, porque eu estava lá e vi, e são, de facto, muito estúpidos (se calhar até ofendi..azar).
Quando me mudei para Lisboa e vi os tais contentores coloridos achei giro, não de uma maneira gay, mas porque, efectivamente, poderiam vir a ser úteis.
Durante uma semana armei-me em ecológico, separei o lixo em casa e quando enchi os sacos, despejei o interior dos mesmos nos respectivo recipientes.
Tal como um pai preocupado que quando leva os filhos à escola, espera até os ver entrar, também eu, quis assistir à recolha dos meus bebés.
Sabia que o camião do lixo costuma passar por volta das duas da manhã, então, esperei.
Finalmente, ouço a besta mecânica a chegar, dirijo-me à janela e a visão que tive foi assombrosa, tanto, que me deixou atónito, por momentos.
Quando caí em mim de novo, recordei-me do que havia visto, então não é que aqueles animais misturam o conteúdo dos três contentores no camião e arrancam.
Seja amigo do ambiente, recicle, dizem eles, separe o lixo, pedem eles, para quê?
Está ali um gajo, com tanto mimo, a separar cada embalagem, cada saco, cada garrafinha para depois f***rem o trabalho que um gajo teve, ide é tomar no cu, ora essa!
Indignado, contei isto a um amigo e ele disse-me que no bairro dele se passa o mesmo, e que um pai dum amigo dele perguntou a um dos senhores da recolha o porquê de tamanha alarvidade laboral e parece que o senhor retorquiu: - Ah, não se preocupe, nós lá depois separamos o lixo.
Tive azar no bairro e na pessoa a quem perguntei ou no vosso também vagueiam idiotas desta estirpe?

Aborrecido com a situação, G.