quarta-feira, dezembro 28, 2005

Aliviado...

Áh...! Acabei de mandar um refresh nos meus contactos do msn, isto é, apaguei contactos que por lá andavam de pessoas que nao vejo há anos ou com quem so falei uma ou duas vezes. Entretanto apeteceu-me apagar uns que lá pelo meio andavam, mas infelizmente para mim, desses não me consigo livrar através de um simples "excluir contacto".

Parecendo que não, mas fiquei mais aliviado... Já não há aquela preocupação de desejar, ou não, um bom natal ou de saber se está tudo bem com eles(as) e outras coisas do género...
Agora, para essa pessoa, foi como se eu tivesse ficado sem net para o resto da vida. O pior é se qualquer dia a encontro na rua... E diz-me então: "Tão, nunca mais te vi na net!". Vontade teria eu de a mandar para o (...), pois enquanto lá andei, nunca me disse nada, ou se disse foi uma conversa de ocasião daquelas tipo:

Maria said: oláx!
Zé said: oi
Maria said: tax bom?;)
Zé said: tou
Maria said: ok=)

... Mas não, responderia sim (e educadamente): "Pois... Fiquei sem net, para azar dos azares!"


Mais uma cuspidela do P.i.t: d.C.

No meio??

Bom..diz-se muito por aí que no meio é que está a virtude.. então suponhamos: temos duas unidades seja do que for..vá..assim de repente..dois ursinhos panda lado a lado. A virtude não está nem num nem noutro..certo?
Então..
Onde está a virtude?!?!?!?!?

P.S. Agora que li isto novamente..reparei quão injusto é assumirmos que nenhum dos pandas tem a virtude..isso só aconteceria se eles fossem 3 e o único que a teria seria o sortudo que ficasse no meio..BAH!

Agradeço previamente qualquer resposta,

"O" F.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Amoladores...extra-terrestres?

Mais uma tarde serena...
Lá estava eu à janela procurando um acontecimento macabro quando passa um amolador com a sua flauta mágica de atracção para amigos das facas e outros objectos cortantes e afiáveis. E eu dou comigo a pensar: Que seres são estes?
Ninguém os conhece..passeiam-se pelas ruas sempre vestidos de negro e com a sua fiel bicicleta ao lado, bicicleta essa que vagueia, também ela, munida de dezenas de objectos estranhíssimos que ninguém sabe ao certo para que servem.. durante muitos anos da minha vida fui levado a acreditar que eram senhores simpáticos que prestavam serviço digno à comunidade. Cada vez que estremecia ao som estridente da flauta a minha mãe fazia questão de dizer: "Bah!! É só o amolador..". Mas agora que sou um cidadão crescido e que se incomoda com esse tipo de coisas não fico satisfeito com qualquer palermice que me digam..quero respostas a sério!!
Bom..das duas uma..ou os nossos pais também cresceram sem saber quem eles são mas, ao contrário de nós Os 4, nunca se preocuparam muito e agora mentem a eles próprios para se tranquilizarem; ou é mais uma daquelas lendas que os adultos fizeram questão de criar para meter respeito às criancinhas inocentes e que nos vai ser transmitida numa dessas noites de Inverno, quando eles nos acharem capazes de carregar tão abominável segredo..se assim for não temos que nos preocupar.
Mas por enquanto não quero optar por nenhuma.
Há factos..e esses são inegáveis: em primeiro lugar nunca vi, nem a minha mãe, nem um parente próximo, nem sequer um vizinho, dirigir-se ao senhor com um punhal ou uma adaga sem fio para lhes atiçar o gume; para além disso não tenho a mais pequena recordação de ver um senhor desses de perto..pra mim sempre foram vultos escuros e imprecisos que via no horizonte; mais grave ainda, não há ninguém que não tenha em casa um daqueles afiadores de facas que se compram em qualquer feira e por isso nem acredito que a profissão exista e subsista.
E como sou dono de uma perspicácia imensa, não hesito em culpar esses senhores de todo e qualquer crime para o qual não haja outra explicação..já porque sei que eles são vassalos de uma comunidade extra-terrestre que, como qualquer uma delas que se preze, pretende dominar o nosso planeta (a informação vem de fonte segura mas anónima) e deposita a sua confiança nesses misteriosos seres; já porque, como ninguém os vê, podem esfaquear sem piedade qualquer humano que não lhes dê lume ou não lhes diga as horas e fazer desaparecer o cadáver (agora sabem para que servem os objectos que completam o belo quadro "amolador-bicicleta-armas brancas")..

Não quero deixar passar em claro outro facto preocupante..é que essas criaturas demoníacas têm acompanhado a nossa evolução (entenda-se que a figura de um senhor de idade com uma bicicleta tornou-se arcaica) e aquele som que caracterizava o domingo de manhã (as flautas) começou a ser substituído pelo ruído fantasmagórico das carrinhas da "Family Frost" em qualquer fim-de-tarde-de-dia-útil..tudo são indicadores claros de que a Family Frost e os amoladores se associaram;de que a Family Frost nunca vendeu gelados; de que os suícidos típicos do alentejo sempre foram homicídios que os amoladores habilmente souberam disfarçar; de que eles se tornaram seres com rotinas e, abandonando os domingos de manhã, passaram a trabalhar aos dias úteis; finalmente, de que as carrinhas da Family Frost são fantasmas porque a essas também nunca ninguém as viu de perto a fazer algo parecido com uma actividade comercial..

É tudo,
[d.C.] feat. ["O" F.]

sábado, dezembro 24, 2005

Carta ao Pai Natal

Esta vai directamente prá Lapónia, com ambições de chegar a tempo de ainda ser lida antes da partida do trenó.. Dirigida a ti, senhor das barbas brancas que a Turquia transformou em lenda e a quem o capitalismo norte-americano, personificado na Coca-Cola, deu um fatinho vermelho todo janota (o pom-pom levava uma chumbada de pressão de ar) e a terrível responsabilidade de fazer felizes todas as crianças do Mundo!
Enfim..hoje não vou ofender ninguém, nem usar palavriado desapropriado à época festiva do hino à família, da afirmação da religião Cristã, do bolo-rei e da rabanada. Era meu desejo que todos "Os 4" participassem nesta missão mas, porque alguns se desleixaram e porque outros se acharam demasiado crescidos para tamanha "criancice", acabei por fazê-lo sozinho.. antes de começar com os desejos vou fazer alguns reparos..em relação à cor do fato acho que deverias (espero que não te importes com o tom coloquial do discurso) optar por uma cor mais neutra..o preto é demasiado escuro e o branco é demasiado claro (desenrasca-te). Porém, mantendo o vermelho, corres o risco de agradar apenas a seis milhões de desempregados, taxistas e assaltantes (alguns alcoólicos à mistura) e cair mal em relação ao resto do Mundo! Em relação às renas correm rumores de que estão em extinção e, da maneira que fazes os pobres dos bixos carregar presentes durante horas a fio, ainda arranjas um processo e estragas os próximos 35 natais a biliões de gente..eu escolheria ursos panda que, para além de serem grandes (dois bastariam) e apenas comerem bolachas integrais, ainda por cima não estão em extinção (como já fiz questão de afirmar há uns tempos). Isto tudo se continuares a andar de trenó..a mim parece-me bastante antiquado e acho que seria muito mais moderno recorreres a um comboio de mercadorias da CP, por exemplo (os presentes cabiam todos de certeza)..por fim, se vives na gélida Lapónia por questões de anonimato, aconselho vivamente que passes a frenquentar o parque Eduardo Sétimo à noite..para além de ser mais quentinho, aos que por lá andam a fazer traquinices ninguém lhes consegue tocar..
Passando aos desejos, os tradicionais: dá prendinhas a todos os meninos e meninas (incluindo o filho do Castelo Branco que não tem culpa do pai que lhe saiu na rifa..); continua com as catástrofes naturais nos E.U.A. que com isso podem eles bem e assim sempre pode ser que, de tão ocupados, se esqueçam de maçar os ditadores que por aí andam e deixem o pobre do Irão construir todas as armas de destruição massiva que lhe apeteça (o Irão não é nenhum vizinho meu..é mesmo um país); ensina o doutor Louçã que o eleitorado do Bloco é pessoal do povo e pseudo-intelectuais e que, tanto para uns como para outros, o discurso elitista que utiliza (chega a confundir o mais erudito dos eruditos) é como dar pérolas a porcos; ensina o doutor Jerónimo de Sousa que "proletariado" e "opressão" deixaram de fazer sentido dois meses depois do 25 de Abril; por fim, ensina a toda esta gente que o Natal não é a festa do consumismo e do gasto desmesurado de poupanças..é acima de tudo a festa da família (eu estou a escrever isto no dia 24 de Dezembro à tarde mas tenho comigo fotografias de familiares e portanto acho que não me enquadro na crítica..).
Para terminar, e a título particular: acaba com esse dito inútil que é "sorte ao jogo, azar no amor" porque senão nunca mais ganho a jogar à sueca; faz o meu curso durar 15 anos (de preferência sem eu ter que chumbar a nada) porque estes são sem dúvida os melhores anos das nossas vidas..
Um abraço terno para ti, que nunca conheci, para os duendes ucranianos que exploras todos os Dezembros e que não sentem sequer o cheiro dos frutos secos (eu sei que eles são todos menores..e isso agrava ainda mais a situação) - vê lá se os legalizas- e para as renas a quem só desejo saúde e nunca o desemprego.

P.S. esclarecimentos devidos: não sou contra pom-pons..sou é contra o teu; não sou anti-benfiquista...sou é solidário com as famílias dos adeptos que deixam de comer para irem chorar ao estádio todos os fins-de-semana; na política não sou contra a esquerda...sou é contra o que é "pseudo-ser-se de esquerda"; por fim, não tenho sorte nenhuma ao amor...não tenho é jeito para as cartas!!

Cumprimentos natalícios a todos, "O" F.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Salvem o bambu!!

"Tenho uma confissão a fazer..não ia conseguir viver muito mais tempo com este segredo que me corrói por dentro cada vez que vejo aqueles programas sobre vida selvagem ao domingo de manhã. Para além disso ontem já o partilhei com um grupo de amigos e portanto não poderia deixar de o fazer também convosco: eu sou o PAI de todos os pandas!..
A história começa numa viagem que fiz ao Ártico..tudo decorria como se de uma simples expedição se tratasse até que, numa noite de loucura, tudo se transformou num pesadelo.. Conheci uma ursa polar chamada Mafalda e não lhe resisti..ela estava transtornada por saber que o João Pereira tinha sido atropelado por um camião do lixo mas infelizmente não tinha falecido e eu dei-lhe o carinho que ela precisava..para meu azar o período de gestação dos ursos é ínfimo e tive mesmo que reconhecer a criança. Era um bebé fofinho como todos são enquanto são pequenos. Fiquei por lá a viver de uma horta que a Mafalda tinha em casa dos pais e ainda o fui vendo crescer..até ao dia em que o seu tamanho e das suas mandíbulas me impediu de o voltar a visitar. Uns tempos depois soube que ele conheceu uma ursa de peluche do Suriname e daí nasceram o Mário e a Carolina. Dois ursinhos panda (era o nome de família que receberam dos pais) muito queridos que, numa relação de incesto aprovada apenas por um primo afastado que sempre soube de tudo, começaram a propagar a espécie que hoje é alvo de imensos programas de protecção à extinção. Quero aproveitar para denunciar o logro que são os ditos programas: os ursos panda nunca estiveram em extinção..nunca foram é muitos! A questão é que o povo Chinês, consciente dos milhões de pessoas que trazem ao Mundo todos os dias, cedo percebeu que o bambu não chegaria para todos, quanto mais para partilhar com os ursos.. por isso fazem questão de "macabramente" os "proteger", mantendo-os enclausurados em Zoos onde podem certificar-se que estes comem apenas bolachas de fibra.. e é isto que ninguém sabe!! Se nunca ninguém se perguntou o que acontece aos ursos bebés que os Zoos mostram em incubadoras eu explico: crescem até poderem ser transformados em delícias do mar que depois são exportadas para o Ocidente como grandes iguarias!!"
Eu soube de tudo através de um amigo que, por coincidência, também é a pessoa que me fez os relatos, relatos estes que, embora não tenham relação directa comigo, pela forma emotiva como me foram transmitidos e pela veracidade da história, eu não poderia deixar no sigilo!!

P.S. o meu amigo Euclides também pediu anonimato e portanto não vos posso contar que ele mora na Lapa..seria uma vergonha para a família. (o primo afastado que sempre soube de tudo - vocês perceberam pela lógica da história - não era um urso panda..esses não existem no Suriname..era um pelicano).

Obrigado pela atenção, "O" F.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Atchiiiim!

"Criança morre asfixiada com caroço de azeitona", "idoso morre atropelado por carrinha de distribuição da Dan Cake" ou "Cego sofre queda fatal na linha de comboios de Carcavelos"... notícias que sarapintam as capas dos jornais todos os dias de manhã e às quais nós já aprendemos a não dar importância..ou melhor..vocês aprenderam! "Os quatro" são pessoas atentas e é óbvio que qualquer um de nós estremece ao ler estas notícias..somos imediatamente remetidos para as estatísticas, também elas assombrosas, acerca da mortalidade nos dias que correm. Uma vez que chegamos à conclusão que muitas vezes se morre por motivos mesmo estúpidos venho propor, não a solução para tudo isto (mesmo querendo mudar o Mundo não ambiciono ser Deus..é demasiado megalómano), mas uma possibilidade de conter o ritmo a que as mortes estúpidas sucedem. Meus caros!! Espirrem!!..eu sei perfeitamente o quão incomodativo pode ser alguém espirrar livremente ao nosso lado no metro em hora de ponta.. mas reparem no ar aliviado do dito cujo..eu também tive a fase que muita gente tem na qual passamos a vida a espirrar contida e pudicamente..vocês já repararam concerteza naquelas situações em que alguém tenta desesperadamente conter a violência de tão natural erupção de micróbios e acaba levando discretamente uma mão ao bolso ou à parede mais próxima.. hilariante!! Para além do facto de que correm riscos de que uma veia mais sensível rebente ainda se revela infrutífera a tentativa de passarem despercebidos.. BAH!! Deixemo-nos disso..evitaremos centenas de milhares de hemorragias internas e passamos unicamente a alastrar bacilos de tuberculose (ou qualquer outra que vos venha à memória) porque para essa já temos cura!!.. e se num desses laivos de desinibição em frente a cerca-de-quase-muita-gente se libertar algum fluido verde e indesejado manifestem a vossa expressão mais descontraída..feio?? feio é fumar!! Se é que me entendem...
Agora deixo-vos, vou porque valores mais altos se levantam, mas pelo menos sinto-me útil..quem sabe se qualquer um de vós não seria mais uma certidão de óbito que eu consegui evitar..

"O" F.

domingo, dezembro 18, 2005

"Ignorado"

(as personagens tratadas neste texto são puramente fictícias)

(…)

- Silêncio; sala escura; uma pessoa a mais a dar-me ouvidos. –

Sou Zé, tenho 19.

Custa-me a admitir mas estou metido na ignorância há cerca de 5 anos…

Épa, toda a gente faz essa pergunta… Começou lá no liceu… “Brincadeira de putos” assim chamamos… “À, tão Zé já viste esta mrd, experimenta logo à noite em casa…”. “É bom men” diziam eles… Fdx… Se ao menos soubesse onde me estava a meter…

Começou então nessa mesma noite… Estava sozinho na sala, acho que os cotas tinham saído. Então olhei para o comando e vi aquele botão que por cima tinha estampado o número “4”. Como não queria ser menos que os outros, carreguei, entrando num mundo de que agora não consigo sair – reality shows. “Big Brother” assim se chamava.

Cheguei no dia seguinte à escola, sorridente – tinha-me tornado Homem!
Estava agarrado.

Noite após noite, lá estava eu metido naquele canal para velhos reformados e pessoas desesperadas que todas as manhãs procuram a companhia do Manuel Luís Goucha. O Big Brother tomava conta de mim. Os meus pais batiam-me e expulsavam-me da sala quando me apanhavam a fazer aquilo, mas, um dia, quando voltei atrás depois de ter sido sovado, lá estavam eles em frente à televisão a consumir daquilo.
Aos fins-de-semana, já nos juntávamos todos na sala, impacientes pelo directo com a Teresa Guilherme… o que eu gostava da “Teresinha”. A cena estava NEGRA. Cheguei inclusivé a pedir aos meus pais para assinarem o canal por cabo para puder ver 24 sobre 24 horas.

Consumi então o 1 todo, depois o 2, passei para o 3 e a meio tentei sair… Mas então… Não conseguia e sem os meus pais saberem, durante os dias de semana, às 00:00h, ia para o sótão ver as “últimas notícias da casa”.

Seguidamente apareceram os “BB’s Famosos”. Não era a mesma cena mas dava para aguentar. Passaram-se meses... “Quinta das celebridades”? Manda vir, já estou por tudo! O Pavarotti e aquela peúga, faziam-me rir.

Agora só dá 1ª Companhia -2º recruta. A 1ª recruta era mais forte (tinha lá o Frota), com esta tenho que ver as repetições senão não aguento…

E assim acabo espalhando a habitual mensagem a todos os jovens, principalmente aos cristãos (por norma são aqueles que vêm mais a TVI) ou não, para não se meterem neste mundo da ignorância que mais tarde ou mais cedo vos leva à dependência…

O pit: d.C.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

"Haróis" do asfalto

Não sugerisse já o título, este texto é acerca dos condutores exímios que existem numa qualquer localidade cujo nome opto por deixar em sigilo!! E para vos provar o quanto isto é verdade venho partilhar convosco o seguinte sucedido, que por ventura é algo revestido duma veracidade bastante cómica. Certa noite na já referida localidade quando alguns indivíduos estavam em determinado local, e como vou descrever esta ocorrência de forma pormenorizada vou usar nomes, vá..digamos que fictícios! Quando estes sujeitos se encontravam todos num local, bastante movimentado por sinal, a passar o fim de um sábado que extraordinariamente até tinha sido bastante calmo, quando um fulano possuidor de um título de condução e com a sua devida viatura decide fazer umas manobras a que, na gíria local, denominamos de "Colins Mcrae's" - ora bem passo a explicar no que se baseia um "Colin Mcrae" - esta é uma manobra que não puxa pelas maiores aptidões dos condutores, até o mais singelo condutor consegue executar uma manobra destas, que consiste em induzir a devida viatura a fugir de "cu"(o quadriz traseiro entra em deslize ou derrapagem como quiserem) e por sua vez controlar a viatura de maneira a proporcionar um, digamos, espectáculo de entretenimento, no entanto, o que se passou foi que num acto irreflectido, de se mostrar um bom condutor, este sujeito ao qual vamos atribuir um nome fictício de "Macaco", decidido impressionar o público em redor pega no seu "Renault 5" ou "R Five" e põe-se a "cortar"(meter o motor em esforço) primeirões quando numa paragem repentina do seu cérebro ele decide executar um "Colin Mcrae" e fazer ora bem, razias aos carros que estavam naquele espaço provocando um desacato euforicamente eufórico entre aqueles amantes das loucuras proporcionadas pelos carros, “Macaco” ainda não satisfeito, entusiasma-se e faz uma razia a um Mercedes e como se não bastasse este rapaz vai espicaçar outro fã da modalidade, "Isaac"(também nome fictício) ao fazer também uma razia no seu bólide("Lancia Y10"), este por sua vez que vem já com o kit de raciocínio fundido de natureza, como não podia mostrar parte fraca face àquela provocação, de modo impetuoso, dá à chave, arranca, dá uma volta ao fundo da recta a puxar severamente pela sua viatura e estaciona, posto isto pensámos para nós..bem, acabou a euforia e ficámos todos mais calmos retomando ás nossas conversas onde as havíamos deixado. No entanto, a aparente calma, desaparece quando, passados alguns minutos, vem a tal personagem de "Macaco", repleto de adrenalina a puxar pelo seu bólide, chegando novamente ao sítio onde tudo havia começado e o cenário repete-se, o mesmo vai vem de "Colins Mcrae's" - só um pequeno aparte nessa noite tinha estado a cair uma cacimbazita que deixou o asfalto parecia manteiga poderei dizer mesmo que estava muito escorregadio podendo originar algum tipo de acidente - posto isto, o rapazolas do "R Five" decide ir para o entroncamento executar manobras com o seu bólide: peões, curvas, etc..até que a certa altura quem é que chega?! Chega "Isaac". Como estes dois rapazes devem ter estado a ver o "Discovery Channel", mais precisamente, o programa "Rides", iniciam numa série de "driftings" que para quem não sabe é uma prática japonesa. Lá estiveram eles cinco minutos a cruzarem-se graciosamente sem pôr em perigo outros utentes, passaram-se dez minutos e eu para ser sincero já suspirava por um acidente, um toque, uma subida de passeio que imobilizasse o bólide, sei lá, qualquer coisa, até que passaram mais de quinze minutos de adrenalina pura e eu pensei para mim, "bem realmente este gajos ate têm kit de unhas (conduzem bem!)", mal acabo este pequeno pensamento o rapaz do "R Five" tem mais um bloqueio cerebral, ou seja, o lado esquerdo do cérebro deixou de ser oxigenado levando a uma paragem no córtex, perde a noção da realidade puxa um travão de mão numa estrada com um lençolzinho de areia coberto por uma cacimba, e eis que este embate na parte lateral esquerda do outro carro, (Y 10), com a sua parte frontal esquerda, ouvem-se alguns estilhaços e toda esta panóplia de acontecimentos termina com um comentário ao qual eu achei imensa piada, que foi tal e qual o que eu vou transcrever – "Oi..baza bazar antes que chegue a bófia!" - e foi cada um para seu lado como se nada tivesse acontecido. Quando eu observo que isto aconteceu, e caio em mim, dá-se em mim uma certa alegria por ver que, estes eram mais uns parvos ao volante que tinham tido o devido castigo por se estarem a armar aos cucos e pensarem que são uns "Haróis do Asfalto"!

Relato verídico, realizado, dirigido e escrito por um colaborador e amigo fofinho d'Os Quatro.

Colaborador M.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Tamanho importa?

Ouvi alguns queixumes acerca de alguns posts, e cito, "grandes".
Aqui está um pequeno...Divirtam-se.

G.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

A minha prima é um génio!!

Eu tenho uma prima..aliás..tenho algumas..mas tenho mesmo uma que é a mais nova. Tem praí dois anos (essas coisas eu nunca sei) e no outro dia disse-me uma coisa que me deixou atormentado. Virou-se pra mim e balbuciou naquela língua de quem ainda não sabe dizer "trinta e três": pota (entenda-se porta-te) bem *****!!! (isto era o meu nome que por razões de anonimato tive de suprimir). E eu fiquei assustadíssimo. Das duas uma..ou ela sabe..ou aquilo foi mesmo uma cólica. Se ela sabe não vou poder deixá-la crescer sabendo algo..preciso de ajuda porque agora que ando a estudar as tribos canibais do Burundi não tenho tempo pra problemas familiares..raios!!!

Arreliado... "O" F.

Não queiram passar por isto

Ora boas tardes quase boa noite, passo a apresentar-me como “o” L. Alguns de vocês já se deviam ter questionado, mas que raio de quatro são estes se apenas aqui escrevem 3…, é uma questão pertinente para a qual eu tenho a melhor das respostas. Talvez um dia então vos diga porquê.
Hoje vou partilhar com vocês uma pequena grande história (desculpem a contradição mas é mesmo assim dependendo dos pontos de vista), pela qual eu passei e espero que muitos de vocês não passem pelo mesmo.
Tudo começou num determinado dia (desculpem mas não me lembro quando foi), em princípios de um belo verão, em que fazemos todo o tipo de planos e temos as melhores expectativas para que este seja melhor que o anterior, enfim o normal. Como estava a dizer, já em pleno verão estava eu numa pacata terriola paradisíaca (que só nós temos dessas cá em Portugal) quando descubro que iria passar o resto do meu verão, ou seja todo porque estava no inicio, com uma “amiga” (digo amiga entre aspas porque na terra onde vivo conhecemos toda a gente mas nem sempre lhes falamos, esta, estava ai incluída) verão no qual nos demos bastante bem e ficamos bastante próximos, não sei no que estão a pensar mas não se passou nada, continuando, passou-se o verão e continuamos amigos agora já sem “”, até que um dia aconteceu o inevitável (que cada um entenda este “inevitável” como achar melhor) até aqui estava tudo bonito, o inevitável foi-se tornando impossível, por muitas outras razões, parece que tudo queria que “aquilo” não desse certo, ora o tempo foi passando e não deu mesmo. A partir dai tornámo-nos “conhecidos” (estes são aqueles que já se viram mais que uma vez em grandes superfícies urbanas mas continuam sem trocar um simples olá), o tempo foi passando e parece que as memórias se apagam, reconstrói-se a vida e quando menos esperamos o pesadelo volta e tornamo-nos novamente “amigos”, voltam a acontecer coisas inevitáveis e, superando alguns problemas, torna-se na coisa mais bonita do mundo e tudo parece estar bem até que nos dizem que é o ultimo dia nos próximos dois anos que a estamos a ver. Tudo para aquilo em que tinhas trabalhado durante todo este tempo desaparece, sofres uma grande decepção, perguntas-te o que deves fazer (obvio que ninguém te responde). È uma historia pouco pormenorizada, em relação a todos os passos duros e cruéis pelos quais tive que passar (desculpem a redundância), enfim não quero que sintam pena de mim. Mas quero que saibam que acordei bastante triste e por momentos quando o despertador tocou pensei que tinha mesmo passado por aquilo.. só quero que saibam que hoje sou uma pessoa bastante feliz.
Achei que devia partilhar isto com vocês.. é uma história que pode ter a sua ponta de realidade.. é bom estarmos à espera de tudo assim sofreremos muitas menos desilusões!!

P.S – Se por acaso perderem o vosso “grande amor”, não se lamentem acaba sempre por aparecer outro…! Obrigado pelo vosso tempo

"O" L

sábado, dezembro 10, 2005

Vocês e os vossos rituais secretos..

Não quero lançar um ataque deliberado aos hábitos da comunidade feminina..afinal, sem vocês e o dr. Francisco Louçã, este Mundo não teria piadinha nenhuma..são tudo dúvidas que me surgem no quotidiano e que só vocês, mulheres, podem explicar. Quanto aos cavalheiros que lerem não devem esperar grande coisa..no máximo irão rever algumas dúvidas que já nem se lembravam que tinham. São inúmeras as tentativas já realizadas de solucionar este grande imbróglio da nossa sociedade mas não me recordo de nenhuma que tenha conseguido..lá que, pelo menos, está explorado, está!
Enfim, o que me intriga é o hábito que todas vocês têm de levar companhia para fazer as vossas, umas vezes necessidades, outras vezes futilidades, no w.c. Respeito-o porque tenho princípios..mas não o compreendo e incomoda-me o facto de não fazer sentido nenhum. Nós e as mulheres somos muito diferentes em quase tudo, apenas um pouco diferentes em algumas coisas e misteriosamente antagónicos apenas nisto.. para os homens uma ida ao w.c. é um acto extremamente desagradável pela péssima companhia, pelos odores nauseabundos que por lá se respiram, e cuja pestilência é directamente proporcional à idade da "clientela", e porque frequentemente o que nós queremos ver está cá fora e dificilmente nos acompanha ao lavabo (espero ter-me conseguido fazer entender)..por isso tentamos ser práticos e dar rapidamente o lugar ao impaciente que se segue.
Vocês não.. entrar num lavabo é tão deslumbrante e extasiante como entrar na 5ª dimensão. É um espaço de convivío e lazer que vocês fazem questão de preservar limpo e imaculado (facto compreensível uma vez que lá passam 1/3 das vossas vidas). Lá conversa-se, debate-se, aprimoram-se maquilhagens e penteados e muito raramente urina-se. Nisto, o tempo pára para vocês e não há a mínima noção de que há mais cidadãs necessitadas de recorrer ao dito espaço. A companhia que está cá fora que espere porque vocês seguem procedimentos rigorosos.. a vossa consciência não vos permitiria, por exemplo, sair de lá sem baixar a tampa da sanita. Clarifique-se, então: apetece ir; vão; entram; cumprimentam quem conhecem e quem não conhecem; pintam um olho; o outro; penteiam-se; pintam os lábios; urinam enquanto conversam com a vossa companhia..e aqui é que está o mal!!! Porquê?? Vocês sabem que lá vão encontrar companhia de certeza..mas não suportam a ideia de que as vossas amigas estejam cá fora a divertirem-se sem vocês.. então levam-nas convosco..uns dias depois elas vingam-se e assim se cria um costume absolutamente criticável!
No entanto, no resto da vossa vida, não há ser mais pseudo-auto-suficiente que vocês.. adoram viver com a ideia que não precisam das outras mulheres pra nada mas basta uma ida ao lavabo e pronto..dura realidade! Só há outra coisa em que são tão mutuamente dependentes. Quando querem criticar alguém têm que o fazer com outra "de vocês" e contra alguém exterior ao grupo (mesmo quando o grupo são só duas).. mas isto há-de ser tema pra outro dia!
Se alguma de vocês aqui vier parar por acaso (não acredito muito..) e se dispuser a resolver esta grande dúvida masculina fico tremendamente satisfeito pela eficácia dos meus dotes persuasivos (apesar de estes serem praticamente nulos actualmente) e aproveito já para agradecer em nome dos milhões de senhores que todas as manhãs pensam nisto antes de saírem do leito. A todas vocês o nosso muito obrigado!! (o meu, particularmente, por serem uma fonte inesgotável de inspiração).

P.S. Aos que limpam o ouvido com a unha do dedo mindinho..não deixem de o fazer..vocês são um mito!!

Encarecidamente, "O" F.

Jesus, um anti-capitalista?

Já ouviram, certamente, a expressão "só visto", e é, mais ou menos, com esta ideia que vos vou relatar esta notícia que nem sei, sinceramente, o que pensar dela.
Sim, já adivinharam, como é óbvio o acontecimento em causa só poderia acontecer na América, e o que se passa (sim porque parece que vai durar) é o seguinte:
Estava eu nos meus passeios cibernéticos a ver as notícias do Mundo, acerca do prolongamento do protocolo de Quioto, dos novos focos de propagação da gripe das aves, procurei notícias acerca da dispensa do Ricardo da Selecção mas, infelizmente, não encontrei nada.

Porém, encontrei uma notícia que me deixou estupefacto.
De acordo com o artigo que li, um grupo de 65 membros do clero fundaram um sindicato denominado WakeUpWal-Mart.com que planeia lançar anúncios televisivos em seis estados (EUA) que utilizam a religião para criticar o gigante de vendas a retalho.
Para quem desconhece, a Wal-Mart é uma cadeia de hipermercados equiparando-se, talvez ao Continente ou Jumbo, em Portugal, mas vende tudo, equiparando-se por outro lado á Feira do Relógio ou da Ladra ali para os lados de Chelas.
Seja como for, os anúncios da referida associação afirmam que - e agora notem a que se deve a minha perplexidade - Jesus não faria as suas compras na Wal-Mart devido à sua política de preços, benefícios de saúde, e outros assuntos que, alegadamente, prejudicam as famílias e comunidades.
A associação, acima supracitada, divulgou, ainda, um abaixo-assinado pelos 65 membros do grupo e outras figuras religiosas que asseguram, e passo a citar (já traduzido), "Jesus não apoiaria os valores de ganância e lucros a qualquer custo, e particularmente, quando existem crianças que sofrem com a forma como esses valores são orientados".

Não é, de todo, meu propósito estar a lançar boatos, mas quer-me parecer que Jesus era um anti-capitalista contra preços baixos e diversa variedade de produtos e bens.
Andei durante algum tempo na catequese, não era muito assíduo confesso, no entanto, não me recordo de ter ouvido nada deste género, quer na catequese quer na missa.
Se, porventura, alguém encontrar algo na Bíblia que diga respeito a trocas comerciais, planos de saúde ou indústria com a assinatura do Senhor é favor avisar-me de modo a actualizar a minha Bíblia que, curiosamente, nela não encontrei nada a esse respeito.

É triste ver até onde se desce para ter algum.
Coisa engraçada o dinheiro, não é?

G.




sexta-feira, dezembro 09, 2005

Desabafo

Hoje acordei, especialmente, indignado com os acontecimentos ocorridos ontem, e como tal, sinto em mim uma vontade indomável de despejar todos estes sentimentos coléricos e exasperados que, aparentemente, tomaram conta de mim esta tarde e sinto que apenas com o vosso apoio posso ultrapassar esta pequena crise, por isso aqui vai:

FODACE!!

Ahh como soube bem...voltei ao meu velho eu!
Queria agradecer a todos que me apoiaram neste meu breve momento de revolta e frustração, e mais importante que isso, espero não ter influenciado ninguém com este meu estado de espírito deprimente e, por momentos, mais negativo.
As minhas sinceras desculpas, aos que, eventualmente, se terão sentido psicologicamente afectados devido á enorme carga emocional que envolve todo este texto.
Mais uma vez, desculpem o incómodo e obrigado pela vossa compreensão, neste momento absolutamente crítico.

G.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Era um menu 3 se faz favor

Boa noite caros leitores, se acordaram só agora bom dia, se, porventura, estiverem entre as duas e as sete e meia da tarde, obviamente, boa tarde, e ainda, se, quiçá, estiverem sob a influência de uma qualquer substância psicotrópica ou relacionada e não souberem onde estão nem como vieram aqui parar, penso que um simples olá se apropria admiravelmente.

Venho-vos hoje relatar um episódio, da qual fui vítima, que não sendo recente, conserva ainda hoje os ingredientes que na altura me desassossegaram e que hoje me fazem rir, ainda que lacónicamente.

Certo dia, eu e uns amigos laureávamos num qualquer centro comercial, mirando umas lojas, contemplando as várias hostes do género feminino, maioritariamente, essa espécie em notório crescendo - as tias ; estudando o seu comportamento em grupo e na presença de facções inimigas; posso-vos dizer que não é um espectáculo agradável de ser ver, não me vou alongar neste tema, apenas posso adiantar que um simples colar ou outro adereço relacionado com indumentária da espécie, que outro membro, exterior ao bando, possua igual, é, imediatamente, objecto de tal escárnio, zombaria e desdém que a simples recordação já me vem acompanhada dum arrepio na espinha, qual não foi o meu choque e melindre, ao presenciar aquelas atrocidades.
Digo com toda a certeza, a Natureza é cruel.

Com isto já me estou a dispersar do que vos falava no princípio..
Portanto, depois deste safari resolvemos ir petiscar qualquer coisa, e prontamente ascendemos ao terceiro andar (zona dos restaurantes, snack-bars e congéneres).
Saturados das idas ao MacDonald's que, diga-se, tornou-se um chavão cada vez que visitávamos este género de locais, então resolvemos dar mais uns passos á frente, e escolher algo mais "Português", que é esse antro de importação massiça de baguettes que, originalmente, se chamava Pans Company, mas actualmente se "naturalizou" como Casa das Sandes.
Como cidadãos civilizados que somos, ordeiramente nos colocámos na fila, onde eu fiquei em último.
Enquanto esperava, deslizava a vista pelos vários menus, atendendo á relação preço/qualidade, já que me encontrava limitado financeiramente, até que me decidi, estava convicto da minha escolha, havia eleito o Menu 3 como primeira opção, e não ia voltar atrás.
Sorria, sentia que tinha feito a melhor escolha, e naquele momento tudo parecia encaminhado, estava prestes a concretizar o meu pedido, era o próximo na fila, o meu sorriso transparecia a minha ansiedade e ao mesmo tempo a convicção do Menu 3 ser o tudo o que eu desejava..e mais.
Finalmente chegou a minha altura, estava nervoso, era a minha primeira vez na Casa das Sandes, ia ser atendido, latejava de emoção, e o discurso protagonizado entre a minha pessoa (eu) e a senhora do balcão (ela) foi o seguinte:

- Boa tarde!!
- Boa tarde, o que é que vai desejar?
- Eu queria um Menu 3 se faz favor.
- Dois?
- Não, não, um!
- E para beber?
- Coca cola se faz favor.
- São xx,xx euros (não me recordo do valor, desculpem), o seu pedido sai já.

Agora, tudo se resumia a uma questão de segundos, o magnífico Menu 3 estava a ser aprontado especialmente para mim, e eu regozijava de alegria, tal criança em véspera de Natal.
A senhora coloca a minha baguete (agora só com um "t", já que estamos na Casa das Sandes) num tabuleiro, agarro nele com firmeza e dirijo-me para a mesa dos meus companheiros de baguetes (mais uma vez, só um "t").
Sento-me, o meu corpo treme, sinto o coração a bater, batidas vigorosas de contentamento, a língua contorce-se, salivando, sabendo que dentro de milésimas de segundo, deglutirá uma deliciosa baguete (já não preciso dizer nada, já sabem), as pupilas dilatam, as mãos humedecidas da tensão, desse jogo da espera, essas, apoderam-se daquela comida dos deuses e conduzem-na à boca culminando tudo numa dentada monumental, que tão cedo quem presenciou não se irá esquecer, quando que..BLAHHKHK COF COF TUFTUF(entenda-se cuspo), que'sta merda pah!! Milho?? Soja?? Não foi isto que eu pedi f***-se (nesta altura já estava exaltado e nada do que me diziam fazia sentido, continuei num lançamento de palavras mais vernáculas, que respeitosamente, não vou transcrever, até, finalmente, me acalmar).

Não queria acreditar, aquilo por que ansiava, por que tanto havia aspirado, tinha sido destruído apenas com uma dentada, continuava sem entender como uma crueldade, uma desumanidade daquelas me podia ter acontecido.

Agarrei no recibo, aí li a seguinte frase "x1 Menu 1 € xx,xx".

Pensei para mim, há pessoas muit'a estúpidas, valha-me Deus...e lembrei-me da conversa com a senhora do balcão!!


G.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Grandes embalagens...Para tão pouco bom senso!

Estive quase para não fazer isto..por não saber por onde começar. Porém, acordei e senti que o Mundo precisava de mim. Começou por ser um simples desabafo que estava disposto a partilhar convosco, passou a uma crítica manchada de cólera e hoje de manhã vou fazer algo de grandioso..isto há-de ser um manifesto! Tenho plena noção que não vai mudar a maneira de ser das coisas mas sei que muita gente se há-de rever nas minhas breves palavras. A situação já me tinha acontecido uma vez..mas ontem repetiu-se e foi isto que me afiou a língua, fez fervilhar o sangue e incandesceu o espírito..Imaginem a seguinte situação: tomaram o vosso banho, despacharam o vosso jantar a 100 à hora, foram à velocidade da luz ultimar aqueles pormenores que não podem falhar à noite (perfumes, penteados, etc..) e dispararam rumo à loucura. Foram ter com um grupo de amigos, fizeram o "aquecimento" e dirigiram-se todos pimposos pá discoteca..até aqui tudo corria às mil maravilhas, aparentemente nada vos podia estragar a noite..pois é meus caros..esqueceram algo importante..é que há uma coisa que ainda o pode fazer: o imbecil do pseudo-projecto de autoridade chamado "porteiro"..estes seres alheios ao mundo real têm vindo a regredir na inteligência que jã não era muita e cuja total ausência escondem todas as noites atrás de corpos enormes sem conteúdo algum (leia-se..grandes embalagens..). Ahhh como era delicioso o tempo em que ainda tinham critérios de escolha e conseguíamos prever mais ou menos o que eles procuravam..agora não..agora são paralisias constantes do lado esquerdo do cérebro que controlam a decisão..se paralisarem na altura em que estamos à porta entramos..caso contrário é esquecer..lá vão eles conseguir usar aquela cara inútil e sem expressão pa vos pedir o cartão da casa ou uma quantia exurbitante daquelas que nos trazem logo, logo, logo à ideia algumas centenas de coisas feias e atitudes ainda mais impróprias pra dizermos ou fazermos ali...qualquer coisa do género incitar um tumulto, incendiar umas viaturas, mandar o staff para o hospital e, aí sim, entrar na dita discoteca..mas não.."metemos a viola no saco" e desistimos enquanto vemos entrar à frente da fila uns senhores com ar suspeito, com roupas estranhíssimas, penteados ainda piores, mas que mantêm relações extra-curriculares com os porteiros e eu penso que isso explica tudo..
Agora vem o porquê..esses seres têm disfunções sexuais recalcadas, bem como vidas íntimas de cariz bem duvidoso..aquilo que escondem debaixo dos casacos de pele que todos eles envergam com ar orgulhoso só eles sabem. O que não perdem é qualquer oportunidade de se afirmarem. A figura é patética, com aquele bloquinho de cartões na mão, qual mendigo a distribuir publicidade enganosa nos sinais vermelhos, mas o que é facto é que podem mesmo estragar uma noite. Isto, como compreendem, revolta-me profundamente, ainda pra mais sabendo que somos nós que pagamos para que essas criaturas "mono-neurónicas" possam continuar a exisitir.. prometo trabalhar numa forma de acabar com isto..mas ficará pra outro dia. Agora estou aliviado e prometo ser duro..não vou desistir!!

Se algum de vocês conhecer algum que more por aí por perto não hesitem em usar uma pitadinha de gás mostarda e acabem com a raça desse patife!!!

Convosco, "O" F.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Caçadeira a monte

Polícia perde caçadeira

"O Comando da PSP de Lisboa está a investigar o paradeiro de uma caçadeira shotgun que desapareceu, durante a madrugada de anteontem, de um carro-patrulha da Esquadra de Arroios, na capital."

Não se atemorizem pois segundo uma fonte do comando da PSP "está afastada a hipótese de a arma ter sido furtada", o que me tranquiliza de imediato, uma vez que eles não sabem onde ela anda nem como desapareceu mas existe a certeza que não foi roubada.

É com notícias destas que me sinto seguro e quentinho por dentro, ao saber que lá fora existe quem se preocupe e me proteja, não com armas, já que essas fogem, mas à base de carinho e atenção como é o caso dos amigos da PSP.

Mas nem é tanto o facto da dita ter desaparecido que me atormenta o pensamento, o que me deixa realmente confuso é o facto da fugitiva ser uma "caçadeira shotgun", o que me deixa a pensar que, das duas uma, ou é uma estirpe nova de caçadeiras ou a arma em causa é a caçadeira mãe de todas as caçadeiras, uma vez que, segundo me informaram, uma shotgun é uma caçadeira (e vice-versa).
Deve ser mais uma daquelas coisas fashion que se dizem, enfim, "modernidades".


G.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Um dia..exótico

Acordei hoje de manhã da mesma maneira que acordo todos os dias, na mesma cama, na mesma casa, no mesmo prédio e até na mesma rua, no entanto parecia que a cidade havia mudado durante a noite.
Aparentemente durante a noite, Lisboa, sem me avisar, deslocalizou-se para esse grande país que é o Brasil para um passeio turístico.
Ia eu no meu caminho para apanhar o autocarro como faço todos os dias, até aí tudo parecia normal, até que entro no meu fiel veículo de transporte e constato que uma comunidade de indíviduos de linhagem brasileira recheava o tal veículo e apenas eu e mais um turista, o rapaz que conduzia o autocarro, erámos portugueses.
Uma vez que já não tenho passe, quando vou para pedir um bilhete ele ao ouvir-me sorri, suponho eu de alegria ao ver um compatriota em terras brasileiras.
Com este cenário pensei eu pra mim, ele há coincidências do arco da velha, tanto brasileiro por metro quadrado e ria entredentes no meu lugar reservado a estrangeiros.
Saio na minha paragem dirijo-me para a zona em que ia apanhar, agora, o comboio e ao subir as escadas qual não é o meu espanto quando oiço de novo aquele idioma entre 3 ou 4 indíviduos.
Começo a ficar preocupado já que não reconheço ninguém de origem portuguesa, e pergunto-me se não me terei enganado a apanhar o autocarro.
Esgueiro-me discretamente para um recanto da estação á espera do meu comboio ( os destinos eram idênticos aos de Portugal..indicava Pragal resolvi arriscar e esperar), nisto um homem nos seus 25 28 anos passa por mim envergando um garruço com um pompom extremamente engraçado e eu vou pensando pa mim, este é claramente tuga, no Brasil faz calor logo não precisa de garruço.
Ora, como tudo o que vai também volta ele regressa vira-se pa mim e diz:

- Oi cara esse trem aí vai no Pragau?
- Desculpe?
- Si vai no Pragau?
- Quer dizer, este vai pa Alcântara mas se esperar um pouco o próximo vai..
- Brigado, valeu hein!!

...e foi embora.

Fiquei parvo, estava sem dúvida em terras que não eram lusas e tinha que estar em Lisboa ás 2 da tarde. Pensei em ligar a avisar que ia chegar tarde mas o meu telemóvel não tem roaming, por isso não liguei.
Fui para Almada, receoso de ir parar a um outro qualquer país, mas não, eram tudo portugueses e fiquei mais aliviado.
Á volta, quando regressava a Lisboa, esta já se tinha des-deslocalizado novamente para Portugal e aí sim respirei fundo.
E pronto, depois de 2 horas de emoção transantlântica intensa estava com uma certa fome e fui almoçar a um restaurante Chinês, curiosamente os empregados eram mesmo chineses, achei giro.


Moral da história:

Depois de um dia assim estou ansioso que deixem entrar a Turquia na UE, assim, por um bilhete de autocarro quem sabe não vou parar a Ankara ou a Istambul, agora é treinar o meu turco.


G.

Nós..e a grandiosa vizinha Espanha!!!

Haverá por aí alguém que nunca tenha ouvido do fundo de um qualquer transporte público, numa dessas fatídicas manhãs “pós-diminuição das pensões de reforma” ou “pós-aumento dos impostos”, o lamento desesperado de uma velhinha de Campo de Ourique ou de um meliante cujo passatempo preferido é arrancar os auto-colantes que sinalizam os lugares das grávidas relativamente à vergonha que cresce dentro de cada um de nós, Portugueses (a letra maiúscula não é, de todo, desprovida de sentido…), por vivermos neste país? Pois bem..se os há (e disso não duvido, porque aqueles que deviam ouvir não andam de transporte público) eu não sou um deles. E como sou, antes de mais, um patriota, fico incomodado com o sentimento de descrença que prolifera a olhos vistos por aí! Senão veja-se: o facto não é difícil de comprovar. É questão de se lançar um desabafo num sítio amplo e mais ou menos público, mais ou menos parecido com “esses gajos querem é o poleiro!!” ou “quando chegam ao poder são todos iguais..tão lá é p’a lixar o Zé Povinho!!” e esperar o feed back.. Não demorará, concerteza, muito tempo até que algum compatriota se junte a nós nas críticas e daí para a frente são minutos até se ouvir “pra isto mais valia ser Espanhol!!” ou “bom era que a Espanha conquistasse isto!”… Caros amigos da cultura…eu pergunto: O que é isto??!?!? Será que alguém tem noção do que isto significa? Significa, muito simplesmente, que os portugueses já não trazem aquele brilhozinho nos olhos quando ouvem um qualquer clássico do José Cid, comem um pastel de Belém ou assistem a um Benfica-Sporting (a colocação desse clube inofensivo em primeiro lugar deve-se exclusivamente a questões de entoação..nada mais). Pior..já nem sequer temos orgulho na Padeira de Aljubarrota. O que se deseja quando se liberta uma dessas exclamações disparatadas é que a senhora ande às voltas e cabeçadas no túmulo e que, caso o tempo voltasse atrás, no dia da Batalha a dita idosa tivesse tido uma daquelas cólicas capazes de endireitar um marreco. Assim estaríamos neste momento a anos-luz de sermos “os melhores no pior” em toda a Europa e ainda assim termos orgulho de saber que há por esse Mundo fora países bem piores que nós. Aquilo que ouviríamos nos autocarros seria apenas e só “oh si cariño!” e “hey hombre!!”..Seríamos adeptos assíduos desse espectáculo bárbaro em que um animal com cornos e enfurecido corre sem razão aparente e no qual o desafio é um grupo de senhores com fatos brilhantes de lantejoulas atravessarem uma arena com farpas na mão (e a terminologia deve-se a sugestão de um amigo..) sem que o imbecil do animal se atire deliberadamente contra as ditas, esvaindo-se em sangue. Num pequeno aparte aproveitar para dizer que nunca vi nenhum deles conseguir. O raio do bicho consegue espetar-se sempre (e nunca consegui entender porquê..). Enfim..se ser português é mau..ser espanhol é ser inútil. Espanha é um dos sítios onde o tempo parou na altura em que as monarquias começaram a cair. Ou, porventura, a entidade superior que fez questão de as derrubar esqueceu-se de Espanha; Espanha teve um ditador que foi uma imitação de Salazar; Espanha descobriu, numa tentativa falhada de confeccionar um arroz de marisco, a “paella”; não fossemos nós a assegurar a consistência da península há não sei quantos séculos e Espanha seria, com alguma dose de futurologia à mistura, um grupo de ilhotas desabitadas à deriva no pacífico. Mas deixemo-nos de falar da vizinha Espanha..os lusos descontentes (atrevo-me a arriscar que se tivessem bombas atómicas seriam um lobby quase comparável à associação dos amigos de Olivença) partilham as suas tormentas comigo e eu começo a dirigir impropérios ao belo país das touradas (se bem que não sei o que isso é) em vez de me centrar no essencial. Quero apelar ao bom senso de todos! (aqueles que neste momento já abandonaram o assento – são certamente a maioria – estão, logicamente excluídos) Gostava de ver um olhar orgulhoso na cara de todos vós. Orgulho em estarmos atrás da Grécia em tudo (ahhh!! é verdade…na violência doméstica eles ainda estão a desenvolver infra-estruturas básicas); orgulho em termos lojas do cidadão que nasceram para facilitar a vida a todos e hão-de “morrer” por complicarem aquilo que se pretendia ser uma burocracia interminável mas simplista com as suas filas nas quais entramos às 9 da manhã e às 3 da tarde ainda estamos encostados ao mesmo pilar (isto se formos uns sortudos e nos encostarmos a um); ou por isso ou por um “cliente” do SEF ter uma crise de nervos e detonar a bomba que todos eles trazem à volta da cintura (não vá ser necessário o uso de alguma persuasão..); orgulho em termos políticos que gastam fortunas públicas e delapidam o nosso património a tentar ser uma imitação daqueles que realmente detêm o poder (hoje de manhã fiquei perplexo quando li que há perspectivas de o conseguirem lá para o ano 2083…fiquei entusiasmadíssimo com o facto de saber que talvez os meus filhos o presenciem); orgulho em desenvolvermos um litoral e conseguirmos acordar todos os dias sem nos lembrar que o interior também existe (mas isso deve ser por pensarmos que esses “sortudos” já são espanhóis); finalmente orgulho em sermos o povo mais invejoso do mundo, onde reconhecer mérito de alguém é algo que só se faz na presença da pessoa em causa para “parecer bem”, de tal modo que aqueles que são mesmo bons em alguma coisa têm que “fugir” para bem longe, para lá, onde ninguém os conhece, passarem a ser conhecidos. Há de certeza muitas coisas que vos ocorrem neste momento (para além de “se este gajo morresse em vez de escrever estas parvoíces já nem precisávamos de ser espanhóis!”) mas não pensem que me esqueci. Alguém que pretende mudar o Mundo não pode dar-se ao luxo de ter “esquecimentos”. Foi uma questão meramente metodológica, como compreenderão.
Agora lembrem-se…ser português é, pelo menos, ser diferente. E se uma destas manhãs o vosso vizinho vos elogiar a cor do carro ou a dobra das calças…desconfiem. Não vá ele querer apenas sodomizar-vos o miúdo mais novo..

Saudações revolucionárias..obrigado pela companhia..até breve!!

“O” F. (ou “El F.” para aqueles que não consegui convencer…)

sábado, dezembro 03, 2005

Atirei o pau ao gato

Até nem sou muito de cantorias mas como cidadão preocupado e afectado que fui vejo-me na obrigação de lançar o alerta para este método de manipulação cerebral criado por alguém com interesses superiores.
Certamente se lembrarão com enorme saudade dos tempos de creche onde todos os dias o sol brilhava, a brincadeira era uma fonte onde nunca faltava água, onde gritávamos, corríamos e reinava a felicidade..pois lamento ser o portador das más notícias mas todo este cenário apenas serviu para encobrir algo muito mais secreto e macabro como essas melodias intituladas – Músicas Infantis.
Vejamos então, a título de exemplo, qual de nós, não foi alvo por diversas vezes desta fantástica canção que é o “Atirei o pau ao gato”.
Segundo a nossa equipa de investigação o foco de propagação da referida música terá surgido numa tarde de Primavera a puxar p’ó Verão numa qualquer escola de pré-primária (optámos por não divulgar o nome com preocupação de futuras represálias) em que tudo parecia pacato, até que a então professora “infantil” (lá está música infantil - professora infantil..a ligação era óbvia) reúne as criancinhas e começa com o “atirei o pau ao gato to”…PAROU!!!!
Quer-me parecer a mim que se estas músicas têm como objectivo colaborar na educação e formação das crianças, julgo eu estarmos na presença da criação de autênticas máquinas de guerra.
Senão vejamos, hoje é um pau que atiram a um gato, aos 7 anos será uma pedra à cabeça de outrem de cor diferente e a partir dos 18, entre uma simples pistola e uma arma de destruição massiça tudo vale para calar o filho da p*ta do vizinho que, diga-se, tem profissão duvidosa, é solteiro e ouvem-se constantemente gritos (masculinos) a altas horas da noite.
Para os que estarão certamente a pensar, não estarás a exagerar um bocado com essa agressividade toda?! eu respondo:

- Existe alguma parte na música que indicie algum movimento provocador, agressivo, perturbador ou de qualquer índole que justifique a agressão ao pobre gato??

Exactamente caros leitores, não existe é mesmo pura maldade!!
Prosseguindo na letra, “mas o gato to não morreu eu eu”..
Convenhamos, se é mesmo para matar o gato e cascar a sério no mamífero, pegavam num cavaco de lenha daqueles c’os lenhadores vendem no natal e partiam os “cornos” ao bicho, não empregavam um simples e fino pau que não fará mais que uns hematomas e uns arranhões.
Agora, se procuravam apenas o susto, escusavam de abater a oliveira da tia Francisca e batiam uma vez com o pé e duas vezes as palmas que o pobre gato fugia, mas claro que se o intuito é construir armas mortíferas de palmo e meio o que se pretende é mesmo a extinção do bichano.
Seguidamente vem “dona Chica ca assustou-se se “co’bérru” “co’bérru” c’o gato deu, miaaau”.
A dona Chica (tia Francisca, dona da oliveira) que todos os dias depois de almoço se sentava no seu velho banco de madeira, de olhos pregados no horizonte, desta vez foi encontrada de olhos fechados com a cabeça ligeiramente inclinada e com 3 pingos de baba na zona do ombro. Perante este cenário quiseram-nos fazer crer que se havia assustado e consequentemente desmaiado, mas hoje colocamos aqui a descoberto o que realmente se passou!!
Consta que a Sra. D. Chica “co’bérru c’o gato deu” apanhou tal susto que se reflectiu num AVC letal resultando no falecimento da senhora.
Não é à toa que a música termina com o susto da D. Chica mas nem com uma baixa como a D. Chica fez com que os autores deste sistema de criação de soldados do futuro parassem, venderam a fórmula aos vários países dessa grande bola redonda que é o Mundo, e agora é o que se vê, são aviões contra arranha-céus, são explosões em França, são os golpes de estado na Guiné Bissau, são pequenos revolucionários de mochila nos metros, é o Ricardo na selecção, concluo que no fundo o uso destas músicas infantis só fomentaram a anarquia e o caos que actualmente se vive e esta é que é a verdade.
Para os mais cépticos que insistem em argumentar que a música continua..a história da pulga apenas foi inserida mais tarde em 1973 como manobra de diversão para desviar as atenções da tragédia que ocorrera à D. Chica ( pelos vistos resultou..).
Por isso, consideram-se avisados e atenção que elas continuam por aí, escondidas..à espreita. Nunca se sabe o que o “sapo CU ru ru” andava a fazer “à beira do rio” ou em relação à exportação ilegal de aves tropicais da Guatemala, o típico “Papagaio loiro de bico doirado”, mas isso é mais uma estratégia bem arquitectada destinada ao tráfico de mercadorias e bens, senão vejam a cor do bico do animal, doirado, ora doirado é claramente ouro em linguagem de traficante.
Mas o desmantelamento dessa operação fica para outro dia que isto de solucionar problemas Mundiais é trabalho duro e eu já tou cansadinho.

Ah é verdade já me esquecia, acerca do gato, bem esse nunca mais ninguém o viu…


d.C & G

sexta-feira, dezembro 02, 2005

ViDa ToRtA rEcOrDs...pRiMeiRa EdiÇãO

São precisamente 20:00h, acabámos de dar vida a este grande espaço de conspiração, desmistificação, desproblematização, consequencialização, clarificação, desburocratização, requalificação, inserção e todos os outros "ãos" que de momento não nos ocorrem, mas decerto existem, acerca de todas as grandes questões sócio-politico-económico-geográfico-teórico/práctico-químico-físico-filosófico-culturais do nosso tempo que tanto nos assombram logo de manhãzinha ao acordar e dá aquela vontade insaciável de comer um donuts com um copinho de leite ao som lúgubre desse grande ícone da "música" Portuguesa que é António Calvário...
De certa forma este blog é um meio de cuspir aquela bola de pêlo que mesmo não incomodando, sempre nos faz tossir..mas estamos serenos.
Áqueles que não acreditavam em nós (talvez por não saberem que íamos fazer isto), áqueles que mesmo lendo vão continuar sem acreditar, áqueles que gostam de nós, aqueles de quem nós gostamos, de quem não gostamos, de quem nos lembramos num dia frio de Inverno e às vezes só nos anos (esses não gostamos), á Sra do autocarro que se meteu á frente da porta e não me deixou sair, aos meus vizinhos de cima que partilham comigo os seus doces e ternos momentos de violência doméstica, ao fdp do filho deles que não pára de gritar e correr aos domingos de manhã, á D.Edite (ela merece), ás gentes que pensam que gelo é um estado de espírito, aproveito para descortinar que não..gelo é só e APENAS um estado físico (vós sabeis de que falo), aos transeuntes que me assaltaram o carro (gostava de reaver o pacote de bolachas), ao senhor da padaria pelos queques de sexta á noite, aos senhores da brigada de trânsito que me multaram este Verão, foram sem dúvida os 120€ melhor investidos em todos estes anos de vida (pelo menos pago-lhes os filmes porn), ás pessoas que sempre me cederam um espaço para coiso e tal, aos meus queridos amigos do bairro pica-pau (Caparica) por guardarem religiosamente os meus telemóveis e outros objectos de tecnologia de ponta, a todo o corpo de intervenção do INEM pela diligência com que, mesmo sem urgência nenhuma, tocam as sirenes naquela harmoniosa melodia que tanto os caracteriza e substitui o melhor dos despertadores..o silêncio.
Pensavam que tinha acabado não é?..mas não! Queria por fim, também, agradecer ao indíviduo que deixou o papagaio (R.I.P.) numa noite de Inverno na rua (gostava de ter sabido o teu nome..não te esqueceremos).
Penso que é tudo, é agora que os caminhos se separam e vamos cada um para seu lado..

P.S. Para aqueles que conseguiram chegar aqui os nossos sinceros e sentidos parabéns pela coragem, temos plena consciência que o vosso tempo foi inutilmente gasto connosco..mas ao menos assim aprendem e pode ser que não voltem cá!!!

Aos bravos, valentes e desempregados Até Breve..os Quatro