quinta-feira, junho 29, 2006

E assim nasceu Leitão

É a medo que me volto a colocar a minha escrita na praça pública. Apelo à placitude e serenidade de espírito para que deixem que me justifique, que é, apenas, um mínimo, do que merecem, vós que choram como infantes quando não há novas revelações nesta montra de conhecimento.

Foi necessário o máximo sigilo para que não houvesse a mais pequena fuga de informação acerca do que andávamos a aprontar e, daí resultou o, não descuido, mas afastamento a par com a aproximação de exames, sim porque nós, parecendo que não, também, estudamos.

Foi num recente período de férias, em local deixado omisso que este nosso, e futuro vosso, amigo, Norberto Leitão, salvando a vida a um de nós, ganhou o título simbólico que passaremos a explicar.
Antes de mais, vou historiar as circunstâncias em que nós, Os Quatro, conhecemos Norberto e em que medida este passou a ser membro honorário e a poder usar o seu nome neste mural de trovas e poemas.

Éramos pequenitos, Norberto também o era, brincávamos juntos e Norberto brincava connosco, éramos felizes.
Concluímos, então, que Norberto é um velho conhecido de infância.
Porém, anos mais tarde o destino seria desleal, quando levou o Norberto de nós, deixando a reunião destes cinco amigos, apenas possível, durante as férias de Verão, por vezes da Páscoa e uma vez no Natal.
É sempre tão bom quando nos reencontramos, que de tantas mas tantas saudades que temos, de todas as vezes que nos revemos, damos um grande abraço de grupo que, carinhosamente, apelidamos de “abraço de grupo”.

Regressando à história, vou-vos contar como ficámos de coração nas mãos e, não fosse por Norberto Leitão com os seus elevados conhecimentos de Suporte Básico de Vida e hoje seríamos, certamente, Os Três.

Numa fatídica tarde de Verão, fomos os cinco para a praia e consequentemente para o mar, o esforço da futebolada do dia anterior fez-se notar, com um de nós a encãimbrar (palavra inventada, mas é como quem diz “com cãibras”) na perna direita, submergindo, por instantes, não fosse o sempre vigilante Norberto Leitão, com olhar de águia e determinação dum albatroz em altura de acasalamento, do alto dos seus 1,98m, joga-se à agua e resgata o pobre coitado.
Já na areia, Leitão repara na ausência de pulso e, prontamente, coloca em prática o legado deixado por um velho filho do mar, nadador salvador, seu mentor.
"Já respira", gritou uma menina mais histérica. E por toda a praia se ouviu “Viva o Leitão. Viva.”.
Grande Leitão.

Seria uma grande história, e seria Leitão ainda maior, se tudo isto fosse verdade, o que não é, tendo, todavia, alguns pontos verídicos.
Mas para o presente efeito, muda a descrição do blog e aumenta a família tOrTa para mais um quarto, ou seja, os Quatro e um Quarto.

Não seriam agora Os Cinco, pergunta o leitor mais atento?

- Seriam, estimado leitor, se todos tivessem a mesma disponibilidade, mas por motivos pessoais e outros alheios, nem todos representam uma unidade e o nosso recente membro, estando na qualidade de honorário não terá o estatuto de unidade, tendo, contudo, todos os privilégios que qualquer outro um de nós exerce.

O mesmo leitor, agora incrédulo, remata – Então mas não seria muito mais fácil mudar de Os Quatro para Os Cinco.

- Burocracias, prezado leitor, burocracias..

De volta, G.

2 comentários:

Marie Jeanne Sermoud disse...

Leio e sempre volto por que vcs me divertem!

Beijo!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.