sábado, dezembro 09, 2006

Acidentes

O facto de existir uma correlação entre o elevado número de acidentes e as alturas de maior tráfego tem muito mais que se lhe diga do que apenas estatística, é estatística, sim, porém, uma estatística falaciosa.
Não é por haver mais carros que a probabilidade de choque e acidente é maior.
Nunca ninguém viu filas de carros em alturas de tráfego moderado ou fraco e não é por existirem menos veículos em circulação que deixa de ser possível, é apenas porque não teria metade da piada.
A verdadeira razão, é, simplesmente, porque é mais divertido criar filas de dez quilómetros do que criar uma fila de dez carros.
Mas isto seria assumir que os acidentados em questão, seriam inteligentes o que não é verdade..eles são só condutores estúpidos.
Isto porque cada vez mais me apercebo que estes montes de esterco não têm noção de cultura acidental.
Escolhem as alturas mais inoportunas para o desastre e normalmente nunca se ficam pela obstrução duma única via e entopem tudo para a via que sobra.
Resultado: Filas enormes

- Ah mas não estarás a ser um nadinha injusto para com essas pessoas que, quiçá, terão visto a sua vida em perigo em tais acidentes? – perguntam os três leitores que nunca ficaram presos no tráfego.

Se acham necessário ligar os quatro piscas, chamar as autoridades, um reboque e o INEM ao menos que tenham acidentes a sério, espetem-se contra o carro da frente, desmanchem um rail, expludam o carro, capotem a viatura, qualquer coisa, façam algo mágico, algo grandioso, no mínimo que se aleijem, mas agora só porque o pópó fez um risco no rail têm necessidade de sair do carro e ficar a ver o risco e a olhar para trás a contemplar a fila que se vai formando e eu a ver-vos a rir, como quem diz – “bem, que grandes malucos que somos a fazermos uma fila destas, isto amanhã contado no escritório é que vai ser uma risota”.

Como alguém disse uma vez - “I have a dream..”-, e o meu é o seguinte:

- Que todos os que já se viram lesados com este tipo de situações, passassem a ser portadores de um tubinho de cola super 3 que guardariam, religiosamente, no bolso e, aquando destas eventualidades sairiam do carro e bem alto bradariam:
“PELO VIDA VAI TORTA”, e tiravam as criaturas do carro e colavam todas as extremidades do corpo de cada indivíduo à estrada de modo a que a disposição do corpo de cada um se assemelhasse a uma lomba.
Penso que a partir daqui começam a ter uma ideia do que pretendo...


Farto de esperar em filas desnecessárias, G.

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