quinta-feira, janeiro 12, 2006

Recordar é viver..ou não

Diz-se na gíria futebolística que "em equipa que ganha não se mexe", ora transportando esta expressão para o mundo televisivo o seu significado ganha outros contornos.
A RTP por ver nos seus registos que as maiores audiências que registou tenham sido à 40 anos atrás resolveu criar esse canal de adoração e culto, que é a RTP Memória.
Alguém lhes explique que a razão de ser serem líderes de audiências na altura era por serem a única estação televisiva existente, não por terem os melhores programas.
Uma coisa é ver um saudoso Benfica – Real Madrid, quando o glorioso ganhou a então, Taça dos Clubes Campeões Europeus, ou o apuramento de 66 para o Campeonato do Mundo da FIFA onde Portugal ficou em terceiro lugar, com o Eusébio a distribuir golos de todas as maneiras e feitios sem qualquer piedade pelo adversário, são coisas bonitas de se ver.
Agora, ver um Famalicão – Tirsense, ver as reposições do Herman a apresentar o Parabéns, documentários que começam com a frase “estes animais vivem actualmente no (…)” quando este “actualmente” tem décadas e as pobres focas Monges das Caraíbas até já se extinguiram, ou ver qualquer outro programa onde os protagonistas já sucumbiram à mais de 20 anos, e outros que nunca ouvi falar ou cujo nome apenas vi em placas de rua, é castigo.


Brevemente em exames, G.

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