sábado, dezembro 10, 2005

Jesus, um anti-capitalista?

Já ouviram, certamente, a expressão "só visto", e é, mais ou menos, com esta ideia que vos vou relatar esta notícia que nem sei, sinceramente, o que pensar dela.
Sim, já adivinharam, como é óbvio o acontecimento em causa só poderia acontecer na América, e o que se passa (sim porque parece que vai durar) é o seguinte:
Estava eu nos meus passeios cibernéticos a ver as notícias do Mundo, acerca do prolongamento do protocolo de Quioto, dos novos focos de propagação da gripe das aves, procurei notícias acerca da dispensa do Ricardo da Selecção mas, infelizmente, não encontrei nada.

Porém, encontrei uma notícia que me deixou estupefacto.
De acordo com o artigo que li, um grupo de 65 membros do clero fundaram um sindicato denominado WakeUpWal-Mart.com que planeia lançar anúncios televisivos em seis estados (EUA) que utilizam a religião para criticar o gigante de vendas a retalho.
Para quem desconhece, a Wal-Mart é uma cadeia de hipermercados equiparando-se, talvez ao Continente ou Jumbo, em Portugal, mas vende tudo, equiparando-se por outro lado á Feira do Relógio ou da Ladra ali para os lados de Chelas.
Seja como for, os anúncios da referida associação afirmam que - e agora notem a que se deve a minha perplexidade - Jesus não faria as suas compras na Wal-Mart devido à sua política de preços, benefícios de saúde, e outros assuntos que, alegadamente, prejudicam as famílias e comunidades.
A associação, acima supracitada, divulgou, ainda, um abaixo-assinado pelos 65 membros do grupo e outras figuras religiosas que asseguram, e passo a citar (já traduzido), "Jesus não apoiaria os valores de ganância e lucros a qualquer custo, e particularmente, quando existem crianças que sofrem com a forma como esses valores são orientados".

Não é, de todo, meu propósito estar a lançar boatos, mas quer-me parecer que Jesus era um anti-capitalista contra preços baixos e diversa variedade de produtos e bens.
Andei durante algum tempo na catequese, não era muito assíduo confesso, no entanto, não me recordo de ter ouvido nada deste género, quer na catequese quer na missa.
Se, porventura, alguém encontrar algo na Bíblia que diga respeito a trocas comerciais, planos de saúde ou indústria com a assinatura do Senhor é favor avisar-me de modo a actualizar a minha Bíblia que, curiosamente, nela não encontrei nada a esse respeito.

É triste ver até onde se desce para ter algum.
Coisa engraçada o dinheiro, não é?

G.




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