sábado, dezembro 03, 2005

Atirei o pau ao gato

Até nem sou muito de cantorias mas como cidadão preocupado e afectado que fui vejo-me na obrigação de lançar o alerta para este método de manipulação cerebral criado por alguém com interesses superiores.
Certamente se lembrarão com enorme saudade dos tempos de creche onde todos os dias o sol brilhava, a brincadeira era uma fonte onde nunca faltava água, onde gritávamos, corríamos e reinava a felicidade..pois lamento ser o portador das más notícias mas todo este cenário apenas serviu para encobrir algo muito mais secreto e macabro como essas melodias intituladas – Músicas Infantis.
Vejamos então, a título de exemplo, qual de nós, não foi alvo por diversas vezes desta fantástica canção que é o “Atirei o pau ao gato”.
Segundo a nossa equipa de investigação o foco de propagação da referida música terá surgido numa tarde de Primavera a puxar p’ó Verão numa qualquer escola de pré-primária (optámos por não divulgar o nome com preocupação de futuras represálias) em que tudo parecia pacato, até que a então professora “infantil” (lá está música infantil - professora infantil..a ligação era óbvia) reúne as criancinhas e começa com o “atirei o pau ao gato to”…PAROU!!!!
Quer-me parecer a mim que se estas músicas têm como objectivo colaborar na educação e formação das crianças, julgo eu estarmos na presença da criação de autênticas máquinas de guerra.
Senão vejamos, hoje é um pau que atiram a um gato, aos 7 anos será uma pedra à cabeça de outrem de cor diferente e a partir dos 18, entre uma simples pistola e uma arma de destruição massiça tudo vale para calar o filho da p*ta do vizinho que, diga-se, tem profissão duvidosa, é solteiro e ouvem-se constantemente gritos (masculinos) a altas horas da noite.
Para os que estarão certamente a pensar, não estarás a exagerar um bocado com essa agressividade toda?! eu respondo:

- Existe alguma parte na música que indicie algum movimento provocador, agressivo, perturbador ou de qualquer índole que justifique a agressão ao pobre gato??

Exactamente caros leitores, não existe é mesmo pura maldade!!
Prosseguindo na letra, “mas o gato to não morreu eu eu”..
Convenhamos, se é mesmo para matar o gato e cascar a sério no mamífero, pegavam num cavaco de lenha daqueles c’os lenhadores vendem no natal e partiam os “cornos” ao bicho, não empregavam um simples e fino pau que não fará mais que uns hematomas e uns arranhões.
Agora, se procuravam apenas o susto, escusavam de abater a oliveira da tia Francisca e batiam uma vez com o pé e duas vezes as palmas que o pobre gato fugia, mas claro que se o intuito é construir armas mortíferas de palmo e meio o que se pretende é mesmo a extinção do bichano.
Seguidamente vem “dona Chica ca assustou-se se “co’bérru” “co’bérru” c’o gato deu, miaaau”.
A dona Chica (tia Francisca, dona da oliveira) que todos os dias depois de almoço se sentava no seu velho banco de madeira, de olhos pregados no horizonte, desta vez foi encontrada de olhos fechados com a cabeça ligeiramente inclinada e com 3 pingos de baba na zona do ombro. Perante este cenário quiseram-nos fazer crer que se havia assustado e consequentemente desmaiado, mas hoje colocamos aqui a descoberto o que realmente se passou!!
Consta que a Sra. D. Chica “co’bérru c’o gato deu” apanhou tal susto que se reflectiu num AVC letal resultando no falecimento da senhora.
Não é à toa que a música termina com o susto da D. Chica mas nem com uma baixa como a D. Chica fez com que os autores deste sistema de criação de soldados do futuro parassem, venderam a fórmula aos vários países dessa grande bola redonda que é o Mundo, e agora é o que se vê, são aviões contra arranha-céus, são explosões em França, são os golpes de estado na Guiné Bissau, são pequenos revolucionários de mochila nos metros, é o Ricardo na selecção, concluo que no fundo o uso destas músicas infantis só fomentaram a anarquia e o caos que actualmente se vive e esta é que é a verdade.
Para os mais cépticos que insistem em argumentar que a música continua..a história da pulga apenas foi inserida mais tarde em 1973 como manobra de diversão para desviar as atenções da tragédia que ocorrera à D. Chica ( pelos vistos resultou..).
Por isso, consideram-se avisados e atenção que elas continuam por aí, escondidas..à espreita. Nunca se sabe o que o “sapo CU ru ru” andava a fazer “à beira do rio” ou em relação à exportação ilegal de aves tropicais da Guatemala, o típico “Papagaio loiro de bico doirado”, mas isso é mais uma estratégia bem arquitectada destinada ao tráfico de mercadorias e bens, senão vejam a cor do bico do animal, doirado, ora doirado é claramente ouro em linguagem de traficante.
Mas o desmantelamento dessa operação fica para outro dia que isto de solucionar problemas Mundiais é trabalho duro e eu já tou cansadinho.

Ah é verdade já me esquecia, acerca do gato, bem esse nunca mais ninguém o viu…


d.C & G

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma perspectiva pela qual nunca tinha visto as coisas...* beijinho* Se foi vc (quem eu estou a pensar) que escreveu isto...lol só podia! :)**